Em dia de baixa liquidez e demanda chinesa firme, boi segura os seguidos recuos em SP; entressafra já está no radar

Publicado em 20/05/2019 15:43
O viés de baixa ainda está presente, com o tempo mais seco e a segunda quinzena de maio avançando. Mercado futuro já deu ganho no contrato de junho e o outubro passou dos R$ 164.
Gustavo Rezende Machado - Analista da Agrifatto

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Entrevista com Gustavo Rezende Machado - Analista da Agrifatto sobre o Mercado do Boi Gordo

 

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Nesta segunda-feira (20), o mercado do boi gordo está sendo marcado pela a baixa liquidez e pela a demanda aquecida por animais destinados a exportação para a China. No entanto, a tendência é que os preços retomem o víes de alta no estado de São Paulo devido ao clima estar mais seco e a oferta poderá diminuir. 

De acordo com o Analista da Consultoria Agrifatto, Gustavo Rezende Machado, as escalas de abate conseguiram avançar nas últimas semanas e os preços tiveram um recuo. “O indicador de São Paulo na semana passada descolou do que observamos e a arroba caiu para R$ 150,00”, comenta.

Dependendo de como essa semana se comportar, é possível que a queda de preços prevista para o final do mês dê uma segurada em junho. “Na segunda-feira a liquidez do mercado é travada devido a uma questão operacional e de embarcar esses animais, porém isso pode ter colocado o poder barganha do lado da venda. Eu vejo uma recuperação que pode acontecer em breve”, afirma.

Atualmente, as referências para a arroba no estão de São Paulo estão ao redor de R$ 158,00 a R$ 159,00. No caso do Boi Europa, os preços estão próximos do R$ 160,00/@. “No estado do Goiás, os negócios giram em torno de R$ 142,00/@ a R$ 143,00/@ e no Mato Grosso a arroba está a R$ 143,00”, destaca.

Com relação ao Boi China, o analista ressalta que há uma demanda muito grande para esse tipo de exportação. “O mercado internacional está muito aquecido e as exportações estão evoluindo tanto de boi como de grãos em geral. Então, há uma disputa por esses animais que está elevando os preços do boi comum”, salienta.

Por: Giovanni Lorenzon e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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