Escalas para esta semana acentuam alta da @ em SP e MG, mostrando menor oferta de bois, diferente de janeiro passado
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Entrevista com Douglas Coelho - Radar Investimentos - São Paulo-SP sobre o Mercado do Boi Gordo
As referências para o mercado do boi gordo estão em alta pelo fato da dificuldade na formação de lotes devido às altas temperaturas e estiagem em determinadas regiões. Neste começo de ano, a oferta de animais é menor se comparado com o mesmo período do ano anterior.
De acordo com o sócio da Radar Investimentos, Douglas Coelho, os pecuaristas conseguem cadenciar as vendas neste período de dificuldade para compor os lotes. “Um exemplo disso são as escalas dos frigoríficos em São Paulo, tendo em vista que algumas indústrias precisam preencher as escalas para esta quinta-feira”, afirma.
Até o momento, os pecuaristas têm um suporte de pastagens relativamente bom. “Quando olhamos os volumes de chuvas durante os meses de outubro, novembro dezembro e janeiro podemos observar que foi bem relevante. Com isso, os produtores podem negociar de forma mais confortável”, comenta.
Com relação às escalas de abate, o sócio da consultoria salienta que pode ter uma disputa por animais terminados nos primeiros dias do próximo mês. “Vamos ver como que o mercado vai correr, se realmente o fluxo de negócios vai destravar para ter uma movimentação diferente no inicio de fevereiro”, destaca.
Na semana anterior, as médias das escalas de abate ficaram ao redor de 3.3 dias úteis. “É o menor patamar dos últimos trinta dias, isso reforça a visão de mercado travado que temos observado nas semanas de janeiro”, ressalta.
O mercado futuro é uma boa opção para os pecuaristas, já que o contrato de maio está cotado em torno de R$ 151,50/@ e o outubro gira ao redor de R$ 157,15/@. “Para o produtor que é mais conservador e não gosta de correr riscos, ou então, prevenir o mercado de notícias ruins é importante acompanhar os dias de alta de B3 como a de hoje”, completa.