Mercado do boi inicia semana de preços mais firmes com pecuaristas retraídos a espera do período de virada de mês
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Entrevista com Douglas Coelho - Radar Investimentos - São Paulo-SP sobre o Mercado do Boi Gordo
O mercado do boi gordo iniciou a semana com preços mais firmes se comparada com a semana anterior em função dos pecuaristas estarem retraídos com o período de virada de mês e a transição da boiada de cocho para a de pasto. Por outro lado, a demanda deve seguir firme no próximo ano.
De acordo com sócio da Radar Investimentos, Douglas Coelho, a semana começa com as cotações do mercado do boi mais firme. “Nós estamos vendo um inicio de semana um pouco mais consolidado e otimista em relação à semana anterior. Os preços balcão estão ao redor de R$ 148,00/@ a R$ 149,00/@”, afirma.
No entanto, os pecuaristas demonstram que não querem vender neste primeiro momento já que preferem esperar a virada de mês e a transição da boiada de cocho para a de pasto. “Os produtores querem dar um pouco mais de corda para ver o que acontece neste mercado, alguns pecuaristas podem conseguir negociar um pouco melhor na próxima semana com o cenário consolidado”, comenta.
Com relação ao mercado futuro, o analista aponta que os contratos de dezembro e janeiro ficaram consolidados neste mês com preços ao redor de R$ 149,00/@ a R$ 150,00/@. “O mercado precificava uma firmeza neste período, enquanto, a distância do contrato de novembro era relativamente grande. Quando o novembro foi liquidado na próxima sexta-feira o contrato de dezembro vai ganhar mais liquidez e entrar no eixo do mercado”, diz.
Como as precipitações foram antecipadas nas principais regiões pecuárias, é possível que a safra adiante nesta temporada se comparada aos anos anteriores. “Em 2016 e 2017 as chuvas chegaram de maneira tardia, sendo que em 2015 virou destaque nacional com a crise hídrica em boa parte dos estados”, conta.
Do lado da demanda, o cenário é muito positivo com a China demonstra estar interessada em habilitar novas plantas frigoríficas. “Isso é muito positivo, a China desde 2016 está ampliando o volume com as exportações e o próximo ano pode ser a consolidação”, destaca.