Exportações e oferta menor mantêm o boi em leve viés de alta, mas limitado pelo consumo já colado à confiança com as eleições
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Entrevista com Caio Toledo Godoy - Consultor em Gerenciamento de Riscos da INTL FCStone sobre o Mercado do Boi Gordo
O mercado do boi está com um viés de alta em função da baixa oferta e das exportações de carne bovina que se recuperaram nos meses de julho a agosto, após queda durante a greve dos caminhoneiros. Contudo, o consumo está limitado pela as incertezas com o período eleitoral.
De acordo com o Consultor em Gerenciamento de Riscos da INTL FCStone, Caio Toledo Godoy, os diferenciais de base estão trabalhando de forma fechada, em que os preços nos outros estado tem aumento mais do que as referências em São Paulo. “Pode ser daqui pra frente um estopim para São Paulo começar a andar um pouco mais, porém cabe destacar que vamos ficar dependentes da demanda interna e da possibilidade de aumento de oferta”, afirma.
A consultoria previu que a arroba iria trabalhar 10% acima neste segundo semestre se comparado aos preços praticados no inicio deste ano. “Como nos tivemos uma média de referências ao redor de R$140,00 no primeiro semestre, nosso número ficaria na faixa de R$ 154,00 por conta de um ano eleitoral em que teríamos um estresse no câmbio que poderia impulsionar as exportações”, comenta.
O consultor aponta que o tabelamento dos fretes está impactando nos preços da arroba no estado do Mato Grosso. “Como a Agência Nacional de Transportes Terrestres revisou os valores dos fretes duas vezes tem comprometido o mercado na localidade. Então, eu acredito que tanto a questão frete como cambial ainda podem impactar o mercado de arroba”, completa.
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