Criador de wagyu, boi de até R$ 12 mil/26@, quer expandir parceria, vendendo genética e comprando os animais em qualquer fase
Localizada em Americana/SP, a Fazenda Angélica conta com um rebanho de boi wagyu em que pretende expandir as parcerias, vender genéticas e comprar animais em qualquer fase. Atualmente, o boi no varejo chega a custar R$ 12 mil/26@ e cada animal tem um custo de produção estimado em 5,800 mil desde o nascimento até o abate com 30 meses.
De acordo com o proprietário da Kobe Premium, Daniel Steinbruch, a carne do boi wagyu é superior a qualquer raça que se conheça atualmente. ”É uma carne de luxo e o nosso grande desafio é criar as escalas de abate, por isso nós temos projetos para ajudar novos criadores da raça em que bonificamos os parceiros até 2.2x@”, comenta.
Como a demanda é muito superior a oferta, a empresa está construindo uma nova planta e futuramente investir em exportação. “Há um longo caminho até a exportação em função da carne do wagyu puro que é consumida mercado interno”, diz.
O criador destaca que em muitas propriedades é feito o tricross, que é o cruzamento as raças nelores, angus e wagyu. “O resultado é satisfatório, só que a padronização da marmorização é mais complicada no rebanho cruzado”, salienta.
Em relação ao manejo do rebanho, é importante fazer uma dieta energética desde o nascimento do gado. “Nós temos uma ração própria em que fizemos o balanceamento ideal, em que retiramos um pouco do milho e introduz o sorgo por conta do betacaroteno presente no milho que deixa a gordura mais amarelada”, explica.
Os animais vão para o semiconfinamento após a desmama, com cerca de noves meses, sendo que a partir dos 18 aos 30 meses o boi wagyu fica no confinamento. “O boi não pode ter um ganho de peso muito alto, pois acaba não tendo tanto marmoreio e sim uma capa de gordura. Então, o ideal é que o wagyu ganhe peso entre 900g a 1,100/kg por dia”, completa.