Boi: de R$ 152 no europa a R$ 148 no comum, confinamento em MG vende 3 mil/semana, mas segura a reposição com alta do magro

Publicado em 31/08/2018 12:00
Frigoríficos também pedem entrega rápida, 2/3 dias após contrato, que mostra escalas curtas. Boi magro a R$ 150/a, mais custos dos insumos, diminui giro na reposição na mesma proporção do número de animais escoados.
Paulo Henrique Queiroz - Pecuarista e Presidente da Nutritaurus

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Entrevista com Paulo Henrique Queiroz - Pecuarista e Presidente da Nutritaurus sobre o Mercado do Boi Gordo

 

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No estado de Minas Gerais, os confinamentos estão matando cerca de três mil cabeças por semana. Contudo, os pecuaristas estão segurando a reposição devido a alta do boi magro.

O pecuarista e presidente da Nutritaurus, Paulo Henrique Queiroz, destaca que já finalizou o confinamento de 60% da operação anual. “Nós estamos com o confinamento cheio e com a capacidade total. E passou aquela fase terrível na época da greve dos caminhoneiros”, comenta.

Atualmente, a capacidade para confinamento na propriedade é de 14 mil com Piquet de recepção. Em relação à reposição, a velocidade de compra está diminuindo em função da valorização do boi magro em todo o país. “Nós estamos matando mais do que comprando. Os patamares de preços estão ao redor de R$ 140,00/@ a R$ 142,00/@ e para próxima semana fechamos um contrato para boi Europa a R$ 152,00/@”, afirma.

No caso do boi comum, as referências no estado de Minas Gerais estão por volta de R$ 148,00/@, com trinta dias para descontar o funrural. Por outro lado, as indústrias frigoríficas estão pedindo entregas mais rápidas da matéria-prima.

O pecuarista acredita que a oferta de bois vai ficar enxuta a partir de setembro e só vai melhorar em outubro. “Eu vejo que diminuiu bastante, não temos mais aquela abundância de bois”, ressalta.

Custos

Neste ano, a lucratividade dos pecuaristas ficou muito ajustada com o tabelamento dos fretes e o preço do óleo diesel. “Eu estava olhando hoje, nós pagamos a polpa cítrica 60% a mais que o ano passado. Já o milho e o sorgo aumentaram cerca de 50% e a uréia subiu aproximadamente 40%”, diz.

Por: Giovanni Lorenzon e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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