Carne no atacado se reforçando em R$ 9,30/kg e boi gordo a R$ 147/@, em SP, são sinais de melhora de exportações e pouca oferta

Publicado em 27/08/2018 13:09
Também mudanças operacionais nos frigoríficos, pulando dias de abate, ajudam estoques ficarem mais enxutos, somam para dar firmeza, mas ainda sob reservas do consumo interno limitado.
Douglas Coelho - Radar Investimentos - São Paulo-SP

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Entrevista com Douglas Coelho - Radar Investimentos - São Paulo-SP sobre o Mercado do Boi Gordo

 

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De acordo com o levantamento do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), as exportações de carne bovina registraram um bom desempenho nos embarques que já se refletiu em uma melhora nos preços da carne no atacado.

O sócio da Radar Investimentos, Douglas Coelho, ressalta que a melhora nas cotações da carne no atacado e a restrição de oferta é que está guiando o mercado. “Por mais que a exportação é uma via menor, se comparada com o mercado interno, ela ajuda a enxugar os estoques”, afirma.

Em função da oferta restrita, alguns frigoríficos não estão programando abates aos sábados e outros estão redimensionando as escalas. “Esse cenário começa a ter reflexo na arroba, sendo que a carcaça no atacado no final da semana passada estava ao redor de R$ 9,17/kg, e hoje, esta em torno de R$ 9,30/kg”, destaca.

Os indicadores do mercado físico e futuro para o boi gordo apontam um viés de alta mais firme. “Os contratos mais próximos estão com uma valorização. Ou seja, o mercado já precifica essa oferta mais limitada para o segundo semestre com esse dólar forte”, comenta.

Do lado da demanda, a tendência é que fique melhor nos próximos meses com o 13º salário, empregos temporários e festividades. “Isso colabora para mudar essa equação que estamos observando desde o primeiro semestre”, diz o analista.  

Em relação ao diferencial de base, o analista salienta que os diferenciais estão bem distintos e não tem um movimento coordenado entre as principais praças. “Quando olhamos o histórico de um ano, tanto Dourados/MS quanto Campo Grande/MS girava ao redor de sete e hoje está próximo de 4.5”, aponta.

Confira a tabela com o diferencial de base das principais regiões pecuárias

Por: Giovanni Lorenzon e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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