Produtor perdeu no boi pelo excesso de oferta no 1º semestre e agora tem ganhos limitados pela demanda devagar
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Entrevista com Thiago Bernardino de Carvalho - Pesquisador do Cepea sobre o Mercado do Boi Gordo
Segundo o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de abates de animais durante os meses de janeiro a junho deste ano teve uma alta de 4% sobre o mesmo período do ano anterior. Na qual, foram para o abate em torno de 15,4 milhões de cabeças, sendo um aumento de 2,92% se comparado ao ano de 2016.
De acordo com o pesquisador do Cepea, Thiago Bernardino de Carvalho, o mercado do boi gordo com um viés de alta em função da entressafra. “A estiagem acabou afetando os animais que não estavam prontos para o abate como foi observado nos meses anteriores”, afirma.
Do lado da demanda, havia uma expectativa muito otimista com relação ao período eleitoral que pode trazer uma valorização nas cotações. “Realmente, nós temos uma demanda interna mais retraída e com as oscilações do dólar sempre traz uma estimativa de melhora nas vendas”, comenta.
Com a elevação nos custos de produção, principalmente na alimentação dos animais com a valorização nas cotações do milho e do farelo de soja fez com que os pecuaristas conseguissem dar toda a suplementação dos rebanhos necessitavam durante o período de seca.
O pesquisador destaca que nos preços do mercado do boi estimula os produtores a investir no confinamento de segundo giro apesar das referências dos cereais ainda estarem firmes. “Esta alta no preço do boi pode favorecer sim, mas também pode atrasar o segundo giro”, pontua.
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