Frigoríficos gaúchos e deputado paulista voltam a banalizar as exportações de gado vivo
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Entrevista com Ricardo Barbosa - Presidente da Abreav sobre a Exportações de gado vivo sob pressão
Na última terça-feira (26), a Assembléia Legislativa paulista voltou a votar o projeto de lei 31/2018 que proíbe a exportação de animais vivos para o abate no estado de São Paulo, sendo que o texto é de autoria do Deputado Feliciano Filho (PRP-SP).
Já o sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Rio Grande do Sul (Sicadergs) aponta que as exportações afetam o mercado do trabalho brasileiro e as indústrias.
De acordo com o Presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Animais Vivos (Abreav), Ricardo Barbosa, a exportação de animais vivos representa apenas 0,1% dos abates de gado no Brasil. “Se o animal não estiver em um excelente estado sanitário não embarca. A exportação tem um lado oculto do benefício para a produção nacional que dá uma alternativa para o produtor na hora de vender”, afirma.
A liderança acredita que o projeto de lei é para dar visibilidade ao Deputado em um ano eleitoral. “O Estado de São Paulo precisa entender que se não sair por São Paulo, os animais vão sair por outra localidade. Isso porque, os animais são acompanhados por veterinários durante todo o percurso”, comenta.
Segundo dados do Ministério da Agricultura, é que até o mês de Abril foram exportados aproximadamente 263 mil animais. “Se o ritmo da exportação continuar acontecendo esse ano vamos exportar na casa de 700 a 750 gados, um crescimento em torno de 35% no setor”, finaliza.