Indústria do Pará perdeu 60% de margem na carne, mas aposta no 2º semestre e investe R$ 5 milhões em nova unidade ‘sifada’

Publicado em 16/05/2018 12:12
Abate do Frigorífico Rio Maria foi reduzido em 2 mil cabeças, e fechou um dia na semana para segurar a operação menor de vendas. Janeiro/fevereiro operou no prejuízo. Para segundo semestre, quando diminuir a oferta e sair mais exportações (Rússia, p.ex.), deverá melhorar, mesmo que o consumo ande devagar. Unidade comprada de Canaã aguarda SIF.
Roberto Paulinelli - Presidente Frigorífico Rio Maria

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Mercado do Boi Gordo

 

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Apesar das indústrias no estado do Pará perder 60% das margens de lucros com a carne, o setor aposta no segundo semestre com nova unidade na região de Canaã que custou em torno de R$ 5 milhões. Contudo, a expectativa é que a Rússia deve voltar a importar carne brasileira.

De acordo com o Presidente do frigorífico Rio Maria, Roberto Paulinelli, este ano o mercado está confuso em função da crise econômica que afetou o consumo interno. “Os meses de janeiro e fevereiro foram os piores para boa parte dos frigoríficos, agora já melhorou um pouco. Como nós estamos chegando ao final da safra e aumenta muito o abate de bois”, afirma.

O frigorífico Rio Maria está com escalas programadas para uma semana. Contudo, as referências na localidade para o boi estão ao redor de R$ 127,00/@ no prazo e a vista em torno de R$ 125,00/@. “Eu estou diminuindo os abates devido à dificuldade em vender. Atualmente, a nossa capacidade para abate é de 13 mil cabeças por mês, mas estamos fazendo apenas 11 mil”, comenta.

Entretanto, a expectativa dos pecuaristas é que os preços para boi gordo melhorem com a queda prevista para o milho na entressafra. “Eu acredito que no final de outubro a cotação do boi vai estar muito boa, caso se confirme essa queda no milho”, diz.

Exportações

Com a saída da Rússia, as carnes destinadas a exportações foram para o mercado interno e para a China. Segundo o presidente, se a Rússia voltar a exportar ajudaria o setor a enxugar o excesso de oferta. “A previsão é que nas próximas semanas a Rússia deve voltar a importar novamente, mas não com o mesmo fôlego do antes”, finaliza.

Confira também:

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Por: Giovanni Lorenzon e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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