JBS para em Cassilândia (MS) por dificuldades com multas do Cade e deixa de abater 500 bois/dia

Publicado em 20/03/2018 12:33
Em reunião com Prefeitura JBS teria comentado do peso de multas de R$ 5 milhões. Unidade é municipal e era tocada pela Rodopa, que vendeu as operações ao JBS. Executivos teriam também falado sobre a possibilidade de devolvê-la ao município. Cade exigia que o grupo de se desfizesse das operações. 684 famílias dependiam direta e indiretamente. Indústria mais próxima está a 20kms, mas é em Goiás, pagando ICMS, portanto. Procurada, a empresa disse que não comentaria o caso.
Confira a entrevista com Silas Alberto de Souza - Presidente do Sindicato Rural de Cassilândia/MS

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Em 2017, uma resolução do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) decidiu pelo fechamento de uma planta operada pelo JBS em Cassilândia (MS). Depois de entrar com embargos, a empresa perdeu o processo e, agora, deve encerrar as atividades.

Como conta Silas Alberto de Souza, presidente do Sindicato Rural de Cassilândia, o município está vivendo um trauma desde a última semana, já que o JBS é um dos maniores empregadores. Até a sexta-feira, o frigorífico seguia em operação. "Hoje, só se fala em demissão e fechamento da planta", destaca.

A empresa não é dona da planta em si, apenas de sua parte comercial - trata-se de uma planta municipal que era administrada, anteriormente, pela Rodopa. Com as resoluções do CADE, o JBS optou por permanecer apenas onde detém a posse, já que o pagamento de multas por volta de R$5 milhões era considerado inviável.

A planta abatia cerca de 500 a 600 cabeças por dia, atendendo a outros municípios da região, com quase 2 milhões de cabeças de gado abatidas por ano. O frigorífico mais próximo está localizado em Goiás, a 20km, onde os pecuaristas estariam sujeitos ao pagamento de ICMS.

Souza acredita que a questão tem a ver com uma reacomodação de mercado, após os problemas enfrentados pelo frigorífico no ano passado. Procurado, o JBS salienta que não irá comentar o assunto.

 

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Por: Giovanni Lorenzon e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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