Fim da vacina contra aftosa deveria ser antecipado. Após 12 anos sem foco, BR já poderia ser livre da imunização

Publicado em 21/02/2018 13:44
Selo de livre com vacinação também chega quando 14 estados estão sem casos da febre entre 20/24 anos. Nos manuais epidemiológicos e na legislação internacional com 5 anos é possível pedir a declaração sem vacina. Mais de US$ 1 bi se acrescentaria às receitas em exportações. Atraso no cenário é creditado à falta de vontade de governos anteriores e desunião dos pecuaristas.

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Fim da vacina contra aftosa deveria ser antecipado. Após 12 anos sem foco, BR já poderia ser livre da imunização

 

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Nesta terça-feira (20), a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) informou que irá declarar o Brasil livre da febre aftosa com vacinação. No entanto, a decisão só será oficializada em maio durante a reunião da OIE em Paris. De acordo com o presidente interino do Conselho Nacional da Pecuária de Corte, Sebastião Costa Guedes, o país poderia pleitear o selo após cinco anos sem casos da doença.

“Nós já deveríamos ter retirado essa vacinação, pois quando um país está livre sem vacinação e eventualmente e tem incidência de foco tem um tempo de três a seis meses para se recuperar o status de selo livre sem vacinação”, pontua a liderança.

O Brasil conseguiu erradicar a febre aftosa com a vacinação em 14 estados do território nacional. O cronograma para a retirada da vacinação será a partir de 2019, porém em 2023 será reconhecido internacional livre da doença. “Os estados do Acre e Rondônia vão ser os primeiros a ter a retirada da vacinação até chegar gradualmente até o Rio Grande do Sul”, comenta.

A principal vantagem de o país ser considerado livre da vacinação é a ampliação das exportações, já que outros territórios buscam comprar fornecedores com o selo de livre da aftosa e dá a condição de competir com outros países que são livres com vacinação como a Argentina, Peru e Paraguai.

Por: Giovanni Lorenzon e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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