Carne recua mais de 4% em janeiro contra 1% na @ do boi, situação reduz margens de frigoríficos e provoca retração de compras
Nas últimas cinco semanas, a carne sem osso teve uma queda de 4,9 %, considerando a média de todos os cortes pesquisados em São Paulo. Neste mesmo período, o boi gordo caiu 1%. Com isso, acabou estreitando as margens de comercialização dos frigoríficos que fazem a dessosea.
A zootecnista da Scot Consultoria, Isabella Camargo, destaca que a pressão de baixa é em decorrência da pouca oferta de animais terminados e as escalas de abate reduzidas, em torno de 3,4 dias. “Os frigoríficos estão diminuindo as escalas, para controlar os estoques elevados e para limitar a queda em relação à carne sem osso”, afirma.
Como forma de controlar essas margens, os frigoríficos acabam oferecendo preços abaixo de R$ 3,00 a R$ 4, 000 das referências. Por outro lado, os pecuaristas conseguem controlar melhor o gado, devido aos pastos estarem em boas condições.
Exportação
Em 2017, o Brasil exportou 99,5 mil toneladas de carne bovina in natura, que representa um aumento de 14,3% em relação ao mesmo período do ano passado. “A exportação representa 20% a 25% do que produzimos, a grande maioria fica no mercado interno. Estamos há dois anos com volumes reduzidos das exportações e neste ano acabou superando”, diz.
Em relação aos desembarques no Porto de Santos, a zootecnista afirma que, é seguido todos os protocolos internacionais e todos os cuidados necessários para manter esses animais.