Invernistas e recriadores sob dupla pressão, com curva da @ tendendo à baixa e curva do bezerro em alta

Publicado em 17/01/2018 11:23
Oferta em escala ascendente e consumo com garantia de lentidão por mais algum tempo exigem atenção na gestão da boiada, como trava no mercado futuro e intensificação caso os custos compensem
Confira a entrevista com Mariane Crespolini

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Mariane Crespolini - Pecuarista e Pesquisadora do Instituto de Economia da Unicamp

 

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Mariane Crespolini, pecuarista e pesquisadora do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), destacou que, nesta segunda quinzena, o movimento do mercado do boi é lento, tendência natural para o período no qual as despesas do consumidor se concentram.

As exportações foram boas, mas 80% da produção fica no mercado interno. Com a economia em lenta recuperação, um fator que deve ser ponderado é o de que a carne bovina é a mais cara no supermercado. As vendas têm resultados com promoções, feitas para escoar os estoques, mas os preços normais não atraem os consumidores.

Além da demanda lenta, este também é um momento de aumento gradativo da oferta. São meses de chuva em sequência. Contudo, o primeiro semestre deve contar com mais vacas de descarte para abate, aumentando a oferta também para frigoríficos federais maiores.

No Mato Grosso, a referência para o norte do Cuiabá gira em torno de R$133/@ no preço Cepea. Para a região de Sinop, com oferta maior, este preço é de R$128/@. O mercado futuro para março/abril trabalha por volta de R$146/@, mas este é um resultado que ainda não dá para prever pros próximos meses.

Crespolini indica a ferramenta do mercado de opções para que os produtores possam ter mais conforto em suas vendas. Se o mercado subir, o produtor não exerce a put. Caso contrário, ou seja, se o mercado continuar em ritmo lento, ele também está protegido.

Por: Giovanni Lorenzon e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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