Negócios com o boi gordo diminuem com incertezas sobre o futuro da JBS tanto entre frigoríficos, quanto por parte dos produtores
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Negócios com o boi gordo diminuem com incertezas sobre o futuro da JBS tanto entre frigoríficos, quanto por parte dos produtores
Mariane Crespolini, pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), destaca que o mercado do boi está, novamente, "de ponta-cabeça", uma vez que se instalou um novo período de incerteza em torno do JBS com as prisões de Joesley e Wesley Batista.
O frigorífico representa a maior parte dos abates no Brasil. Com isso, o Cepea já observou uma redução no número de negócios de modo geral - não somente do JBS, mas também de outras indústrias, que correm o risco de comprar um boi caro sem saber a que preço a carne poderá ser vendida.
Por sua vez, as escalas também já vêm mais confortáveis e há uma informação, por parte do atacado, que os atuais patamares da arroba são difíceis de serem repassados ao consumidor.
Crespolini lembra que o setor não estava totalmente fora de risco e que não é possível prever o que irá ocorrer em curto prazo, embora o fato de o mercado estar em plena entressafra ajude a segurar os preços, além da necessidade de cumprir contratos de exportação por parte das empresas.
No mês de setembro, a arroba teve uma alta de 0,7%. Entretanto, houve uma queda de 0,3% na segunda-feira em relação à última sexta e de 1% na terça feira, com quarta e quinta-feira estáveis. Hoje, a referência em São Paulo está em R$143,96/@.