A reação no preço da @ do boi que já vem sendo verificada em várias partes do país ainda não chegou ao MS
Marco Garcia, presidente do Sindicato Rural de Três Lagoas (MS), conta que os preços do boi no estado, ao contrário do restante do país, estão demorando para encontrar uma recuperação. O estado tem um pouco mais de oferta do que as regiões vizinhas, mas deve se igualar às demais por conta do período atual, com pastagens secando em função de uma temperatura em baixa.
De acordo com o diferencial de base, o Mato Grosso do Sul está de 8% a 9% acima do estado de São Paulo, enquanto demais regiões, mais distantes, estão a 6% a 7%.
Em questão de preços, o boi gordo está entre R$116/@ a vista e R$120/@ a prazo. A fêmea, por sua vez, a R$106/@ a R$108/@. Não houve aposta em um confinamento no primeiro giro e apenas no segundo giro houve uma mudança.
O estado também teve a redução no ICMS de 12% para 7%, o que dá melhores condições para os frigoríficos de São Paulo adquirirem produtos no estado. A pauta ainda é acima da realidade, mas deve diminuir e melhorar as condições. Logo, o ajuste da arroba é uma questão de tempo, que deve se fazer presente em agosto e setembro.
Garcia destaca que, para aqueles produtores que trabalham com confinamento, a melhor opção é garantir preços por meio do mercado futuro - pois, embora os preços na BM&F estejam animadores, não há perspectiva de que eles continuarão no mesmo patamar.
Para realizar esse tipo de operação, o produtor deve buscar uma corretora. Segundo o presidente, este processo é "muito simples" e funciona como um seguro para a produção. Na visão de Garcia, "confinamento sem mercado futuro não dá certo".
Ele lembra que as operações de mercado a termo ofereciam certa vantagem, mas também davam margem para que os frigoríficos trabalhassem "com as cartas do jogo", operando de acordo com os seus interesses.