Alta da @ do boi no mercado futuro pode estimular confinamento de 2º giro. Em Boitel de SP, 1º giro teve redução de 40%
O pecuarista Sérgio Przepiorka, de Rancharia (SP), é proprietário de um boitel, uma espécie de "hotel para bois" que, ao não possuirem mais condições de pasto, podem ficar confinados neste local, no qual é feito todos os protocolos sanitários e a habilitação para exportar para qualquer lugar do mundo.
O boi é engordado e, se os pecuaristas não tiverem comprador para o boi gordo, também há um auxílio para a venda do animal. É paga uma diária de R$7,50 pela permanência no local, cujos custos são pagos após a venda.
Przepiorka possui capacidade para confinar 20 mil animais neste boitel e, atualmente, possui 13 mil animais confinados, dos quais apenas 2 mil bois são de primeiro giro - o restante já está fechando para o segundo giro.
Ele conta que, no primeiro giro, a pecuária foi prejudicada e os preços do boi gordo não estiveram condizentes com os preços pagos pelo bezerro. Com isso, houve uma maior recria e, agora, com a notícia de que o mercado futuro está indicando alta, o segundo giro é mais rentável. O pecuarista observa que, quem fechou o animal no primeiro giro, pode perder até R$300 por boi.
O volume de animais confinados foi 40% do que o previsto para o primeiro giro. Com a seca e o final da oferta a pasto, deverá faltar boi no mercado.
Hoje, a BM&F indica um preço de R$134,55/@ para o mercado futuro, o que fecha a conta dos produtores para o segundo giro, sobrando de R$200 a R$300 por animal. Przepiorka acredita que ainda há espaço para que o mercado suba mais R$5, se o cenário atual dos frigoríficos for mantido.
Para o segundo giro, Przepiorka possui 10 mil animais fechados. "Se continuar assim, o número de animais deve subir em 50%", diz. Até o final de agosto ainda é possível colocar animais em segundo giro.