Mercado do boi tem expectativa de reação para os preços da arroba a partir de agosto, com redução na oferta de animais
O analista de mercado Caio Toledo Godoy, da FCStone, destaca que a distância entre o mercado físico e o mercado futuro aumentou nos últimos dias.
Godoy, que vem alertando para o fator em várias entrevistas ao Notícias Agrícolas, aponta que as expectativas para o mercado físico vêm, em grande parte, do lado da oferta. O boi de primeiro giro deve ser difícil de ser encontrado, já que quando o milho começou a cair, a arroba caiu - o que não aconteceu com o animal de segundo giro.
O cenário em agosto pode ser de demanda retraída no mercado interno, uma demanda externa um pouco melhor, mas nada que consiga impactar o mercado interno e uma oferta menor, coisas que poderiam levar a uma provável alta da arroba.
O mercado futuro na BM&F já trabalha com uma alta de R$4 até o fim de agosto por conta da expectativa que existe dentro desse mercado. Por ser um futuro próximo, a distância dos preços chama a atenção.
No estado de São Paulo, os negócios giram em torno de R$122/@ a R$128/@, com uma média de R$124/@.
Os frigoríficos já começam a ter uma dificuldade para alongar as suas escalas. Mas, como os produtos estão passando por uma deflação no Brasil, a chance dos frigoríficos ficarem com um estoque caro na mão é maior. Assim, as compras são feitas de acordo com a necessidade.
Godoy aconselha os pecuaristas a aproveitarem as altas do mercado futuro por meio da compra de posições. Essa operação pode ser feita com diversas corretoras ao redor do país que podem auxiliar os produtores a realizarem esse serviço. Para ele, a pecuária está passando por uma revolução que os grãos já passaram, que é a de conhecer o mercado financeiro.