Mercado de carnes já deveria se preparar para demanda do dia das mães, no entanto, movimento ainda é fraco e @ segue pressionada
Nesta quarta-feira (3) os negócios com a arroba bovina seguem parados. Há pouco interesse dos frigoríficos em alongar as escalas - visto a dificuldade nas vendas de carnes -, além dos pecuaristas não considerarem os atuais patamares de preços atrativos para venda.
As compras e vendas ocorrem somente quando necessário. Em São Paulo, as ofertas ocorrem, na média, em R$ 139/@ a vista [descontado o Funrural]. No Mato Grosso, as cotações estão entre R$ 119/@ a R$ 123/@.
Apesar de todo cenário economicamente ruim, "aposta-se em melhora na venda de carnes pelo Dia das Mães, conseqüentemente ocorrendo intensificação de compra e impulsionando nos preços da arroba", destaca o analista, Alex Santos Lopes, da Scot Consultoria.
Para o curto prazo, com a entrada de salários e o feriado do Dia das Mães, o consumo de carne pode se aquecer e conferir sustentação para as cotações.
Segundo Lopes, esse seria o último período para uma possível reação nos preços. Historicamente o mês de maio é marcado pelos menores patamares da arroba, visto que a proximidade com a seca reduz a capacidade de suporte das pastagens, obrigando os pecuaristas entregarem seus animais.
Nem mesmo as margens de comercialização dos frigoríficos em patamares elevados, seria um fator único para potencializar as ofertas de compra. "Se não houver necessidade de intensificar a compra de boiadas, as margens não significam nada", diz Lopes.
No caso das indústrias que realizam a desossa, o indicador medido pela Scot aponta margem de 28%, enquanto historicamente o percentual é de 22%.