Cotação da arroba em SP tem leve recuperação e com fôlego para novas altas no curto prazo
O cenário é de preço firmes para o boi gordo nesta semana. Impulsionado pela baixa disponibilidade de animais, os compradores estão elevando as ofertas de compra para conseguirem preencher as escalas de abate.
"A conjuntura é mais para valorização do que para queda. Ainda não temos uma demanda ávida, mas a redução nas vendas com a pressão de baixa ocorrida nas últimas semanas, gerou um cenário de estoques mais enxutos", diz o consultor, Hyberville Neto, da Scot Consultoria.
Do lado dos pecuaristas, ainda há do pouco interesse em negociar diante dos atuais patamares de preços. Em São Paulo as ofertas giram em torno de R$ 137/@, já descontado o Funrural. Incremento de aproximadamente R$ 2 por arroba, considerando o pior momento dos preços nas últimas semanas.
Apesar da recuperação ainda tímida, essa reação é importante à medida que mostra uma inversão de tendência no mercado do boi gordo. Segundo Neto, no curto prazo a expectativa é de melhora nos preços, com reajustes pequenos e gradativos.
Contudo, o consultor alerta para as tendências de preço no decorrer de maio. "Passado os feriados - onde temos um período mais curto para vendas de boiadas, ao mesmo tempo favorável para o escoamento da produção -, acreditamos em um cenário de preços talvez menos firmes e, maior resistência as altas", explica o consultor.
Reposição
As quedas acentuais nas cotações do boi gordo também reduziram o poder de compra dos pecuaristas.
Segundo levantamento da Scot Consultoria, nos últimos 30 dias - considerando São Paulo como base - a arroba bovina perdeu 5% do seu valor, enquanto que o boi magro recuou 3,5% e o bezerro apenas 2%.
"Hoje para adquirir um bezerro é preciso de 8,5 arrobas. Já no boi magro a relação é de 12,9 arrobas. Historicamente, esses valores estão acima da média, mas considerando os dois últimos anos a relação de troca tem melhorado", diz Neto.