Boi: Mercado inicia a semana sem referência e com negócios pontuais

Publicado em 27/03/2017 12:10
Retirada dos embargos por parte da China, Egito e Chile é vista com otimismo pelo setor. Porém, ainda há incertezas sobre o retorno dos frigoríficos às compras nos próximos dias. Mercado ainda aguarda a retirada da suspensão por parte de Hong Kong. Fundamentos ainda são negativos com oferta crescente e consumo interno mais fraco.
Confira a entrevista com Cesar de Castro Alves - Analista de Mercado da MBAgro
O mercado do boi gordo inicia a semana ainda com bastante cautela. Os negócios com arroba estão sem referência diante das incertezas de como será o fluxo de demanda nos próximos dias.
 

De acordo com o analista da MBAgro, César de Castro Alves, as indústrias devem voltar com apetite menor nesta semana. "As compras já não estavam aceleradas pelo ritmo retraído do mercado interno, por isso, os frigoríficos não devem aumentar a procura por matéria prima, uma vez que há bastante ruído ainda", diz.

Além disso, um retorno no volume habitual das compras resultaria em excedente de carne no mercado interno. É importante lembrar que o setor ficou praticamente uma semana sem realizar vendas externas, diante do embargo de importantes compradores.

No final de semana, porém, China, Egito e Chile reabriram seus mercados para importação. Essas informações já são refletidas nos negócios futuros do boi gordo, que abriram à segunda (27), em alta nos principais contratos.

Alves lembra que Hong Kong, outra potência de importação, ainda não divulgou o fim dos embargos, mas "que possivelmente seguira a China, anunciando a liberação das comprar nos próximos dias", acrescenta.

Assim, as expectativas voltam a ficar positivas em relação ao mercado externo. Para o analista, se as restrições "ficarem apenas as 21 plantas investigadas, o efeito sobre o setor seria mínimo, não comprometendo as previsões de exportação para o ano".

Apesar das novidades positivas, Alves diz que o momento é de cautela ao pecuarista, sendo "preciso observar o movimento dos frigoríficos, que possivelmente ainda operarão em ritmo lento", conclui.

Por: Fernanda Custódio e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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