Pressão sobre os preços da arroba do boi segue forte e pecuarista deve participar de mercado para não correr riscos de quedas

Embora a pressão sobre os preços da arroba continue forte, os negócios parecem ter encontrado um limite de baixa.

De acordo com analista da Scot Consultoria, Alex Santos Lopes, "vimos no levantamento de hoje uma dificuldade maior de comprar em níveis mais baixos, as indústrias voltaram referência", diz.

Em São Paulo, os testes de mercado são mais intensos, ao contrário das demais praças. O intervalo de preço é maior, variando entre R$ 143/@ a R$ 147/@.

As conjunturas por outro lado, continuam sem grandes mudanças. A oferta de animais terminando segue aumentando, com intensificação na participação das fêmeas, que deve ganhar corpo em março.

Do lado da demanda, não há "nada ainda animador em termos de recuperação de renda e atividade econômica", diz Lopes.

Diante desse cenário o analista avalia que "o risco neste ano é elevado e o pecuarista precisa considerar isso no momento de traçar sua estratégia de venda. A possibilidade de queda maior existe", pondera.

Vale ressalta que os animais terminados neste ano foram adquiridos, "no melhor do cenário", no ano passado em valores elevados. Portanto, o risco de esperar para comercializar e encontrar um mercado ainda mais pressionado é eminente.

"Muitos consideram interessante reter os animais, mas a partir do momento que entrarmos na transição da safra para entressafra corre-se o risco de concentração de oferta, um fator a mais para pressão de baixa", alerta Lopes.

Para Lopes o ideal é ir negociando para evitar quedas expressivas nas cotações e, garantir um estoque de animais mais barato.

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