Frigoríficos aproveitam boi barato e voltam às compras para recompor estoques. Mas trata-se de um movimento pontual

Publicado em 09/12/2016 10:34
Tendência é que as cotações da arroba permaneçam próximas a R$150,00 em SP até o final do ano e sofram maior pressão a partir de janeiro
Confira a entrevista de Caio Toledo Godoy - FCStone

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Frigoríficos aproveitam boi barato e voltam às compras para recompor estoques . Movimento deu sustentação aos preços, mas sem i

 

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Com a necessidade de recompor estoques, frigoríficos em São Paulo aproveitaram o enfraquecimento dos preços da arroba para elevar o volume de comprar. Negócios pontuais ocorrendo acima da referência, neste final da semana, mas ainda não são capazes de alterar o patamar de R$ 150/@ na média do estado.

De acordo com o analista da FCSTone, Caio Toledo Godoy, o mercado mais firme em São Paulo, é reflexo da menor disponibilidade de boiadas. Já em outros estados como, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, as compras ocorrem com mais facilidade, pressionando as cotações.

Apesar de melhora do cenário na praça paulista, Godoy, destaca que "é um movimento pontual, nada que possa definir uma tendência", diz.

Assim, para que haja recuperações significativas nos preços da arroba é preciso de aumento expressivo no consumo de carne bovina, fator que parece cada vez mais distante em 2016.

Neste contexto de demanda, o analista destaca o diferencial de preço entre a carne bovina e de frango, que atualmente está em 1,85%. Portanto, "o frango precisaria valorizar mais, ou a carne bovina cair, para que vejamos as pessoas comprando dianteiro ou invés de frango", diz Godoy.

E, para 2017 as projeções também não são animadoras. Godoy diz acreditar em um ano novamente "apertado, sem muitos fatores para alta da arroba".

O primeiro trimestre de cada ano é um período sazonal de baixo consumo no mercado interno e externo. Além disso, "observamos que em 2017 poderemos ter grande volume de vacas entrando no abate", pela baixa no mercado de bezerros.

As somas desses fatores indicam que, pelo menos nos primeiros três meses de 2017, o pecuarista deve encontrar um mercado ainda brigado.

Por: Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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