Mercado do boi inicia a semana pressionado por frigoríficos , mas cotações resistem em R$150,00/@ em SP
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Oferta dada de animais até o final do ano mostra que pouco deve muda nos preços, pelo menos até janeiro. Já para o início do ano, perspectiva é de bai
Os negócios com a arroba do boi gordo esfriaram no início desta semana. Abastecidos, os frigoríficos tem pouca necessidade de compra e seguem pressionando a arroba.
Na semana anterior a dificuldade de abastecimento por parte de alguns frigoríficos, em São Paulo, elevou a expectativa de alta na arroba. Mas, no decorrer dos últimos dias "as indústrias conseguiram suprir suas necessidades com ofertas de fêmeas de outros estados, como o Mato Grosso do Sul, e alongaram as escalas até meados de dezembro", diz o analista da Radar Investimentos, Douglas Coelho.
Para o analista, a disponibilidade de animais terminados, vistos que "boa parte das indústrias estão abastecidas até 20 de dezembro", será suficiente para suprir a necessidade do mercado, mantendo as cotações da arroba estáveis neste final de ano.
Muito embora, não estejam descartadas possibilidades de altas pontuais em algumas praças, especialmente nas últimas semanas de dezembro. Coelho ressalta que esse movimento poderá ocorrer em função dos estoques exutos e, não necessariamente pela recuperação efetiva da demanda.
Outro fator que ficou abaixo das expectativas neste mês, foram às exportações de carne bovina ‘in natura’. No período, o país exportou 75,8 mil toneladas, sendo o menor volume registrado desde janeiro. Assim, os embarques foram 9,1% inferiores ao mês passado e, 24,1% abaixo na comparação anual, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio e Serviço Exterior.
"A alta repentina do dólar não tem reflexo instantâneo e, conseguimos notar isso nos dados de novembro", lembra Coelho. O analista também ressalta que o fraco desempenho do mês está relacionado à queda no volume destinado a China e Chile.
Do lado da oferta, não são esperadas grandes alterações no volume disponível até o final do ano. Porém, Coelho destaca que "chuvas mais frequentes estão chegando à importantes regiões produtoras do Sudeste e Centro-Oeste", diz. Esse fator favorece a engorda dos animais a pasto, por outro lado, colabora como a retenção e tomada de decisão dos pecuaristas.
Coelho também lembra que o ciclo pecuário no próximo ano deverá aumentar a participação de fêmeas no abate e, consequentemente elevar a oferta de animais já no início do próximo ano.