Onze praças comercializadoras registram queda nos preços da @ do boi em período que deveria ser de aumento no consumo da carne
A semana encerra com desvalorização em 11 praças de comercialização do boi gordo. O período que é tradicionalmente conhecido por preços elevados da arroba, neste ano vem ficando aquém das expectativas.
Nem mesmo a demanda de primeira quinzena de mês e, o impulso de consumo do final de ano, tem sido capaz de manter o mercado do boi gordo firme. De acordo com a zootecnista da Scot Consultoria, Isabella Camargo, a pesquisa de preço realizada nesta sexta-feira (4) apontou queda em 11 das 32 consultadas.
Segundo ela, no mercado paulista a realidade dos frigoríficos é distinta, e ainda asim não tem motivado altas. "Temos indústrias com escalas longas e outros com programações apertadas. Porém, nem nos casos de abates curtos os frigoríficos estão querendo pagar mais para obter a matéria prima", destaca a zootecnista.
O cenário não é típico para o período do ano. Tradicionalmente o pagamento dos décimos terceiros salários, abonos salariais e férias, costumam impulsionar o mercado de carnes. Neste ano, porém, muito embora a oferta de animais seja restrita, a capacidade produtiva tem atendido o volume da demanda.
Camargo ressalta ainda que as recentes correções nos preços da carne bovina no atacado não significam, necessariamente, melhora na demanda. "Os estoques estão exutos e os frigoríficos abatendo menos, permitindo o aumento de preço".
Além disso, trabalhando ao longo de todo o ano com margens de comercialização apertadas, a tendência é de que as indústrias segurem o quanto possível pagamentos maiores pela matéria-prima.
2017
Para a zootecnista, considerando os fatores de oferta e demanda e margens nos últimos meses do ano, "há espaços para altas, mas não com o fôlego que o setor esperava".
Dessa forma, a expectativa é de que as altas na arroba ocorram de forma limitada.