IBGE divulga abate bovino do 1º semestre e mostra que ritmo se manteve igual ao de 2015, mesmo com uma oferta menor de animais

Publicado em 15/09/2016 12:48
Dados explicam porque os preços da arroba subiram em plena safra em momento que cotações da carne estavam caindo e gerando prejuízo aos frigoríficos

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta quinta-feira (15) os dados de abate do 2º trimestre de 2016, surpreendendo os analistas.

No período foram abatidas 7,63 milhões de cabeças de bovinos, correspondendo um crescimento de 4,5% em relação aos três meses anteriores [7,29 milhões de cabeças].

Assim, o resultado do primeiro semestre de 2016 fechou próximo ao volume abatido no igual período de 2015 [janeiro, fevereiro e março: 7,63 milhões de cabeças; e 7,74 milhões em abril, maio e junho].

Segundo o analista da FCStone, Caio Toledo Godoy, os números mostram que os abates de 2015 e 2016 ficaram bastante próximos, sendo uma explicação para a valorização da arroba na inicio deste ano - em plena safra e com a demanda fraca -.

Para Godoy, "o volume abatido também justificaria o aperto nas margens de comercialização das indústrias", já que aumentaram seus estoques diante da queda no consumo.

Já na divulgação do 3º trimestre/16 a expectativa é de queda no volume abatido, refletindo a desaceleração na formação de estoques dos frigoríficos que ocorreu a partir de junho e pressionou os preços da arroba.

Mercado

Nas últimas semanas os preços da carne no atacado têm apresentado consecutivas valorizações, porém a recuperação não é refletida na cotação do boi gordo.

O alongamento das escalas de abate com animais a termo, próprios ou de parceiros, é uma explicação para esse cenário. "Temos indústrias com até 10 dias de programação preenchida e que aproveitam o momento para segurar os preços", explica Godoy.

Em São Paulo a referência para os negócios permanece entre R$ 150,00 a R$ 151,00/@ a vista.

Por: Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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