Com oferta enxuta de carne e necessidade de repor estoques, frigoríficos estão de volta às compras, mas evitam pagar mais pela @
A recuperação nas vendas de carne no mercado interno - que refletiu na melhora da margem de comercialização das indústrias - ainda não mostrou relação direta sobre os preços da arroba.
De acordo com a pesquisadora do Cepea, Mariane Crespolini, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa do boi gordo fechou cotado na quinta-feira (8) a R$ 148,00/@, registrando ao longo do mês de agosto leves variações para mais e para menos.
"A alta da carne no mercado interno teria um reflexo nos preços da arroba, mas ainda não observamos esse movimento, os preços estão mais para estabilidade", acrescenta.
Há de concreto uma postura mais agressiva de compra das indústrias, que viram na melhora na demanda uma oportunidade para recompor os estoques de carne, que estavam baixos.
E além do avança da demanda no início de setembro, a pesquisadora lembra que os preços das demais proteínas também estão elevados.
Especialmente a carne de frango, considerada a alternativa mais barata, atingiu neste mês um recorde nominal no indicador Cepea. Para Crespolini esse fator também beneficia a competitividade da proteína bovina no mercado interno.
Além do mais a oferta de animais para abate não é expressiva, e poderá ficar ainda mais enxuta no período de entressafra. "A indústria de insumos tem relatado uma queda significativa [de 20% a 25%] na comercialização de produtos para confinamento", relata a analista.
Dessa forma, Crespolini afirma que os fundamento são positivos para arroba, porém, em uma economia em recuperação é difícil afirmar, seguramente, que o boi gordo terá um crescimento de preço no curto e médio prazo.