Pressão de frigorífico por menores preços da arroba continua, mas movimento não efetiva compras abaixo dos R$150,00 em São Paulo
O mercado do boi gordo enfrenta pressão por parte dos frigoríficos que tentam pagar abaixo dos R$150/@, mas essa pressão não é efetivada, mantendo os preços estáveis. É o que aponta Caio Toledo Godoy, analista de mercado da FCStone.
“Dificilmente vamos ver a arroba abaixo dos preços que estão sendo praticados”, prevê o analista. Ele lembra que a pressão, no entanto, ainda vai existir, com frigoríficos tentando melhorar as suas margens.
Como alternativa, alguns frigoríficos tentam ajustar as suas margens alongando a escala de abate. A carne bovina, principalmente o corte dianteiro, retomou sua competitividade, o que dá mais fôlego, mas os números ainda não são expressivos e, apesar de o consumidor estar começando a retormar confiança no mercado, a renda ainda não voltou a subir.
Para setembro, com a entrada do boi do segundo giro, a oferta ainda deve ser restrita, pois muitos deixaram de confinar dado o preço dos insumos, do boi magro e as estimativas para o boi futuro, mas a previsão é de que haja mais bois neste segundo giro do que no primeiro.
Mesmo com os números da bolsa tendo enfrentado uma queda, alguns estados caíram menos que a bolsa, o que, segundo o analista, mostra um cenário de que o boi no mercado físico pode ter uma estabilidade muito maior.