Com demanda fraca por carnes e abaixo das expectativas durante o feriado prolongado, semana começa com poucos negócios
No feriado prolongado de Corpus Christ era esperado um incremento da demanda não se confirmou. Os frigoríficos usaram o período para alongar artificialmente as escalas e voltaram nesta segunda-feira (30) com baixa intenção de compra.
A arroba, no entanto, se mantém firme devido ao reduzido volume de animais terminados. De acordo com o analista da FCStone, Caio Toledo Godoy, em São Paulo a referência para os negócios está em R$ 155,00 a R$ 156,00/@, com escalas de três dias na média.
O escoamento da carne está lento e não vem deixando espaços para valorizações da carne com osso no atacado. "A demanda está se comportando bem abaixo do que esperávamos e as exportações também começaram a cair com a volta do dólar no patamar de R$ 3,50", destaca o analista.
Para Godoy, nem mesmo o período de inicio de mês onde a massa salarial tende a aumentar o consumo de carne, traz uma expectativa positiva para a demanda. As compras devem ocorrer "da mão para a boca" somente para preencher as escalas e manter as margens da indústria.
No atacado o boi casado de animais castrados está cotado em R$ 9,70/kg.
Oferta
A oferta deve permanecer baixa em junho, dando sustentação as cotações. Com a alta no preço do milho o analista afirma que "teremos pouco boi no primeiro giro de confinamento", ressalta Godoy.
Para outubro, a indicação de alta no mercado futuro a R$ 167,00/@, começam a trazer uma perspectiva positiva de resultado para o segundo giro. Assim, Godoy considera que poderemos ter um incremento na disponibilidade de animais de cocho neste período, mas ainda abaixo da capacidade do ano passado.