Preços da arroba do boi reagem em SP com negócios de até R$160,00 e MS passando de R$138,00 na última segunda-feira para R$143,00

Publicado em 23/03/2016 11:31
Tendência para os preços do boi no decorrer do ano é de alta, contudo, será preciso avaliar a andamento da demanda neste período

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Preços da arroba do boi reagem em SP com negócios de até R$160,00 e MS passando de R$138,00 na última segunda-feira para R$143,00

 

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Após a tentativa mal sucedida dos frigoríficos em pressionar as cotações da arroba, os preços voltaram a reagir nesta semana em São Paulo e Mato Grosso do Sul.

Nos últimos 15 dias poucos negócios foram efetivados conseqüência do movimento de pressão das indústrias, com isso as escalas de abate estão curtas e os frigoríficos precisam voltar ao mercado ofertando maiores valores para conseguir adquirir boiadas, que estão escassas.

De acordo com o analista da Terra Investimentos, Élio Micheloni Junior, as maiores reações ocorreram no MS onde os negócios acontecem até R$ 143,00/@, contra os R$ 138,00/@ que era praticado na sexta-feira (18).

"O que observamos neste ano é um diferencia jamais visto em relação o preço de São Paulo. Tínhamos um histórico de 7% no diferencial, mas estamos vendo pressões de até 10% que correspondem até R$ 20,00 de diferença", explica Micheloni.

Segundo ele, a diferença nas cotações é função de uma restrição na oferta dos animais na praça paulista – estado que tradicionalmente tem concentração de animais de cocho no segundo semestre -, dificultando a compra das indústrias. Em São Paulo, os negócios acontecem entre R$ 157,00 a R$ 158,00/@ a vista.

Para o analista, considerando apenas a disponibilidade de boiadas, a tendência para os preços no decorrer do ano é de alta, contudo, será preciso avaliar a andamento da demanda neste período. Atualmente, o ritmo acelerados das exportações nas primeiras semanas do ano têm dado sustentação aos preços da carne e margem para que os frigoríficos consigam bancar as altas que ocorreram na matéria prima.

'“Temos uma demanda muito reprimida aqui dentro, mesmo assim, vemos os preços estáveis por conta da oferta restrita”, pondera o analista.

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Por: Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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