Pressão dos frigoríficos sobre arroba do boi continua, mas a comercialização travou e as escalas de abate estão encurtando

Publicado em 08/03/2016 12:09
A estratégia dos frigoríficos resultou apenas em leves recuos nas cotações, produtores se mantém resistentes à nova pressão nos preços da arroba

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Pressão dos frigoríficos sobre arroba do boi continua, mas a comercialização travou e as escalas de abate estão encurtando

 

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Os frigoríficos deram continuidade à pressão sobre os preços da arroba observando na semana passada. Com dificuldade em repassar os ajustes da matéria prima para a carne no atacado, as indústrias ofertam até R$ 7,00/@ abaixo da referência.

No entanto, segundo a analista de mercado da Scot Consultoria, Maisa Módolo Vicentim, poucos negócios foram efetivados nesses níveis. "Existe uma resistência do pecuarista em entregar os animais, e também porque a oferta não permite que os preços caiam abruptamente", explica.

Em São Paulo, por exemplo, na última semana a referência para os negócios estava em R$ 155,00/@ a vista, caindo para R$ 154,50/@ nesta terça-feira (08). Em Goiás os negócios aconteciam a R$ 142,00/@ a vista, passando para R$ 138,00/@ após o novo posicionamento das indústrias.

Neste contexto, as escalas de abate também não conseguem evoluir, mas com o baixo consumo de carne no mercado interno, isso não tem sido um problema neste momento. "Os frigoríficos estão trabalhando com escalas menores, porque ofertando um menor de volume de carne no mercado, isso acaba controlando os estoques e evitando novas desvalorizações nos preços", acrescenta Vicentim.

No mercado atacadista de carne com osso a queda nas cotações nos três primeiro meses do ano, chegou a 3,6%. De acordo com levantamento da consultoria o boi casado estava cotado no inicio do ano a R$ 10,6/kg, contra R$ 9,70/kg na primeira semana de março.

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Por: Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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