Sustentação dos preços do boi vêm das exportações com vendas puxadas pela China e oferta ainda restrita de animais

Publicado em 17/11/2015 11:09
Sustentação dos preços do boi vêm das exportações com vendas puxadas pela China e oferta ainda restrita de animais

Os bons volumes registrados nas vendas externas de carne bovina 'in natura' têm dado sustentação aos preços do boi gordo. Mesmo com a demanda interna fraca, e as escalas ligeiramente mais alongadas nas últimas semanas, a arroba se mantêm em R$ 148,00 em São Paulo.

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), divulgados nesta segunda-feira (16) a parcial do mês de novembro (9 dias úteis) apontam um crescimento de 20% na média diária em relação o mesmo período de 2014.

Um dos fatores que tem colaborado para essa melhora na demanda externa desde o final de agosto tem sido o câmbio, que tornou o produto brasileiro altamente competitivo no mercado internacional.

Diante disso, "se considerarmos que daqui para o final do ano a demanda interna também vai aquecer" a tendência é que o mercado permaneça firme, com uma leve possibilidade de alta até dezembro, considera o analista de mercado da MBAgro, Cesar de Castro Alves.

O analista destaca ainda que a China está ocupando uma boa parcela do mercado brasileiro. Em outubro, por exemplo, o país asiático ficou na segunda posição com a compra de 17 mil toneladas e faturamento de US$ 83 milhões, deixando para trás países tradicionais como a Rússia, segundo dados da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne).

No entanto, para o inicio do próximo ano as estimativas não são tão otimista, haja vista uma possível desaceleração típica das exportações e um enfraquecimento ainda maior no consumo interno, também tradicional neste período.

"Não achamos que o consumo interno dará laço para o boi romper com força os R$ 150,00/@ e permanecer. E se isso acontecer ele vai subir e depois acomoda porque situação do mercado interno definitivamente não é confortável", afirma Alves.

Ainda assim, a expectativa do analista é que a oferta de animais continue restrita em 2016 - apesar de maior em relação a essa temporada - limitando quedas expressivas nos preços.

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Por: Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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