Paralisação de frigoríficos em MS reduz poder de negociação do pecuarista. Em 3 anos capacidade de abate cai de 21 mil cabeças dia para 16 mil
O número de frigoríficos no Mato Grosso do Sul reduziu 12% em apenas três anos. De acordo com estudo realizado pela Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) em 2012 o Estado tinha 36 indústrias frigoríficas ativas, mas em 2015 esse número caiu para 22 plantas em operação.
Neste período a capacidade de abate saiu de 21 mil cabeças/dia para 16 mil. Esse cenário "é ruim para o produtor, pois o poder de negociação da ponta vendedora acaba reduzindo", salienta a gestora do Departamento de Economia do Sistema Famasul, Adriana Mascarenhas.
Atualmente, as indústrias trabalham com apenas 76% da capacidade de abate, e "um único grupo participa com 50% desse mercado", limitando ainda mais o poder de negociação dos pecuaristas, explica Mascarenhas.
Segundo a gestora da Famasul, a diminuição dos frigoríficos é resultado da redução de oferta de boi gordo pronto para o abate e da forte contração da demanda interna e internacional. "As indústrias alegam que tem um custo operacional muito grande, e trabalhando na ociosidade não traz viabilidade econômica", declara.