Depois da forte pressão por parte dos frigoríficos mercado do boi tende a se acomodar já que oferta de animais continua restrita
Após operar sobre forte pressão nas últimas semanas, a arroba do boi gordo começa a trabalhar com menor pressão dos frigoríficos. Com uma queda nos resultados obtidos pela baixa na arroba, as indústrias voltaram a ofertar próxima a referência.
Em São Paulo já são notados negócios até 1 real acima da referência de R$ 141,00/@.Segundo Alex Santos Lopes, consultor da Scot Consultoria, os preços devem se acomodar nesses patamares até que os animais de pasto - que ainda correspondem a 50% das escalas de abate - derem lugar aos bois de confinamento.
"Embora não tenhamos uma entrega abundante, o mercado consumidor está muito enfraquecido, e o fechamento de unidades frigorificas também reduziu a necessidade de compra", explica Lopes.
Nos meses de outubro e novembro historicamente há uma maior disponibilidade de animais de confinamento, e ainda sim são os períodos de maior preço da arroba no ano "o que deixa claro que a oferta de confinamento não é suficiente para derrubar o mercado", afirma o consultor.
Além disso, as cotações do mercado futuro na BM&F vêm registrando quedas significativas nas últimas semanas. Com uma desvalorização de até 15% o boi outubro está cotado a R$ 142,09 a arroba, o que também colabora para uma possível redução na intenção do segundo giro do confinamento.
Desta forma Lopes afirma que o mercado tem forças para retomar as altas nos meses de outubro e novembro, mas “existe um grande freio no mercado que é a questão econômica que vai impor um teto, então teremos um mercado firme porém sem grande perspectivas de alta”, alerta.