Exportação de carne bovina para China só trará impacto a partir de 2018. Mas habilitação de frigoríficos dá nova dinâmica às vendas
O Ministério da Agricultura informou nesta terça-feira (19) a habilitação de oito unidades de abate de bovinos no Brasil para a exportação a China, que estavam suspensas. Além disso, assumiu o compromisso para a habilitação de mais nove plantas em junho, quando a ministra Kátia Abreu irá ao país asiático.
José Vicente Ferraz, analista da Informa Economics FNP explica que atualmente o Brasil exporta carne para a China por intermédio de Honk Kong, o que encarece e limita o volume embarcado. Com a abertura desse novo mercado, a tendência é que as exportações fiquem mais baratas e consequentemente o número de exportações deve aumentar.
Contudo, Ferraz considera que essa evolução não deve ser sentida ainda neste ano. "No curto prazo o potência de crescimento é limitado, mas as projeções para 2018 e 2020 são muito positivas, no sentido que a China vai se tornar um dos maiores importadores mundiais de carne bovina", afirma Ferraz.
Outro mercado que pode ser aberto e tem gerado grande expectativa no setor, é os Estados Unidos. Grande consumidor de carne, especialmente de cortes menos nobres, para produção de hamburgueres, os EUA poderá alavancar as exportações nacionais.
"Efetivamente quando se consegue penetrar no mercado norte-americano, por tabela conseguimos penetrar em muitos outros mercados. Porque muitos países que não tem estrutura grande para controlar a qualidade das exportações, acabam adotando o padrão de que se os Estados Unidos aceita importar de determinado país, esse país é confiável", declara Ferraz.