Abrapa aposta no fortalecimento das relações com a Ásia para estimular exportações em 2021

Publicado em 23/12/2020 12:09 e atualizado em 28/12/2020 09:38
Ano de 2020 teve produtividade recorde e vendas satisfatórias, pelo menos para as 70% fechadas antes da pandemia
Júlio Cézar Busato - Vice-Presidente da Abrapa

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Abrapa aposta em fortalecer relações na Ásia para estimular exportações brasileiras de algodão em 2021

 

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Em 2020 o Brasil registrou recorde de produtividade para a safra de algodão, com o ciclo 2019/20 atingindo as 3 milhões de toneladas produzidas. Aliado ao bom desempenho em campo, as condições de negociação foram favoráveis, pelo menos para uma parte desta safra.

Segundo o vice-presidente da Abrapa, Júlio Cezar Busato, 70% da produção já havia sido negociada quando os preços internacionais do algodão recuaram bastante na Bolsa de Nova York em função da redução no consumo mundial de 27 para 22 milhões de toneladas.

Busato destaca que a recuperação do mercado foi mais rápida do que o esperado, com o consumo voltando a subir e puxando os preços para cima. Mesmo assim, o cenário negativo já havia impactado e a entidade esperava redução de área cultivada de 15% neste próximo ciclo 2020/21.

Além disso, a safra verão também enfrentou dificuldades de plantio, irá reduzir a janela de plantio do algodão, em especial no Mato Grosso, e pode impactar em uma redução de área ainda maior.

Diante deste cenário de incertezas, um dos pilares de atuação da Abrapa em 2021 deve ser a conquista e fidelização de novos mercados consumidores. Busato, que vai assumir a presidência da associação para o biêno 21/22, aponta que a inauguração de um escritório da Ásia neste ano será fundamental para as ações futuras.

Atualmente, o escritório já realiza conversas com as equipes de embaixadas brasileiras em 9 países do continente para buscar caminhos de ampliar a presença do algodão do Brasil diretamente nos consumidores alvo. A ideia do futuro presidente é que o país possa assumir a liderança na exportação de algodão nos próximos anos.

Para 2021, a entidade irá promover uma série de encontros com representantes das indústrias têxteis destes países para seguir divulgando o tamanho e qualidade da produção nacional, além de exaltar que o Brasil consegue, já atualmente, fornecer algodão durante os 12 meses do ano.

Confira a íntegra da entrevista com o vice-presidente da Abrapa no vídeo.

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Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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