Colheita de algodão no oeste da Bahia caminha para o encerramento com uma boa safra
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Colheita do algodão no oeste da Bahia caminha para o encerramento com uma boa safra
No município de Luís Eduardo Magalhães/BA, a colheita algodão na Fazenda Santana, uma das maiores do Oeste da bahia, já está em fase final e a expectativa é terminar a operação ainda nesta quinta-feira (o vazio sanitário estabele o prazo de encerramento para amanhã, sexta, dia 20 de setembro). Nesta safra, a Santana plantou 29,5 mil hectares, sendo 10 mil hectares irrigados, debaixo de 28 pivôs com área de 352 hectares cada equipamento.
O empreendedor rural João Antônio Franciosi, proprietário da Santana, ressalta que as operações de colheita iniciaram pelas áreas de sequeiros, seguindo com as lavouras irrigadas pois foram cultivadas mais tarde. Nesta temporada, as lavouras ficaram comprometidas com as chuvas abundantes em abril, faltando luminosidade durante o enchimento e pegamento do algodão.
-- Por isso, explica Franciosi, a safra 2019 pode ser considerada de boa produtividade. No início, nossa expectativa era para uma colheita ótima. Afinal, fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para, em termos agronomicos, concluir com excelente produtividade. Mas o clima não ajudou totalmente. Tivemos contratempos... Mesmo assim, vamos colher 350 @ por hectare".
-- “Isso é normal, fazemos de tudo para chegar ao melhor resultado, mas tem muitas vezes que não chega. O rendimento de 345@ é um ótimo número por ser uma área irrigada, mas poderia ter sido bem melhor já que tínhamos muito mais maçãs nas lavouras do que no ano passado. A qualidade deste ano é a melhor em termos de tipo, embora algumas variedades estejam apresentando problemas na fibra”, diz Franciosi.
O Oeste da Bahia não era uma região de grande importância na produção de grãos e algodão há três décadas. Em 1986, a família Franciosi se mudou para o município Luís Eduardo Magalhães com o sonho de cultivar mil hectares em diversas culturas na propriedade Santana. A família deixou o sul do país em busca de solos férteis e oportunidade de crescer no agronegócio, mas logo no começo enfrentaram dificuldades com os longos períodos de seca e doenças que afetaram as lavouras.
“A fazenda Santana foi transformada para irrigação para conseguir fazer as duas safras, isso porque o período de chuvas na Bahia é menor”, comenta.
Mas o que preocupa Franciosi é o debate em torno da questão ambiental. Principalmente quando vê pessoas que não conhecem o agronegócio dizerem que o setor agride o meio-ambiente. “Isso não faz sentido, as pessoas falam isso sem entender o que é produzir em uma região onde não nascia nada e hoje estamos cultivando com alta produtividade e abrindo novos mercados para o País”.
Para evitar que informações equivocadas ganhem espaço na internet, o produtor produziu um vídeo sobre a importância de preservar o meio ambiente e como que a Fazenda Santana realiza suas operações.
Tecnologia
Para controlar os 28 pivôs de irrigação, a propriedade conta com uma sala de controle operacional onde o objetivo é diminuir o espelho dágua e as horas utilizadas na irrigação. “Nós ganhamos muita agilidade no trabalho de campo e estamos conseguindo aproveitar muito mais a irrigação. Com o controle mais eficiente, é possível fazer um trabalho utilizamos menos água”, relata.
A chegada da agricultura 4.0 traz dificuldades na contratação de profissionais capacitados para realizar os trabalhos de campo com apoio de novas tecnologias. A superação está acontecendo com apoio do sindicato de Luis Eduardo, que tem um sistema de treinamento e capacitação voltado preferencialmente aos profissionais da região.