Colheita do algodão está atrasada em LEM/BA após problemas com excesso de chuvas
A colheita do algodão atingiu 40% da área na região de Luis Eduardo Magalhães, no Estado da Bahia. O excesso de chuvas no mês de abril atrasou o ciclo da cultura e consequentemente os trabalhos de colheita.
Mesmo com o atraso de 30 dias na colheita, a produtividade da região ficou em 260/@ por hectare, dentro da média história. "Houve muita chuva em abril que acabou perdendo o baixeiro e as plantas emitiram maças no ponteiro, causando um atraso em todo o ciclo da cultura", explica o diretor de grãos do sindicato rural, Celito Eduardo Breda.
Inicialmente a expectativa era de alcançar um rendimento de 290 a 300 arrobas por hectare, porém com as chuvas houve uma redução de 30% na produtividade real. No entanto, segundo Breda, a preocupação dos produtores neste momento é quanto aos custos de produção que poderão influenciar na intenção de produção na próxima temporada, não só para o algodão, mas também o milho.
"A soja aparentemente é mais atrativa para o ano que vem, o algodão em segundo lugar, e o milho o que menos atraí o produtor a plantar na próxima safra", explica o diretor colocando os atuais níveis de preço como o maior influenciador dessa tomada de decisão.
Segundo ele, a redução da área de milho primeira safra pode chegar a 20% na temporada de 2015/16, e no algodão uma queda de 10% na área cultivada.
Preços
A soja disponível está sendo comercializada na região a R$ 70,00 a saca, e de R$ 71,00 a R$ 72,00 a saca no futuro. Para o milho o mercado físico opera em R$ 23,50/sc.
No caso do algodão dependendo do dia os produtores conseguem preços acima de R$ 80,00/@. Segundo Breda, "o que não está muito atrativo são os preços em dólar, mas o produtor precisa ficar fazer hedge porque alguns custos são lastrados em dólar", pondera.