Agricultura pode ser o grande vencedor da COP 30, mas sem articulação pode ser um perdedor terrível, diz Roberto Rodrigues
Agricultura pode ser o grande vencedor da COP 30, mas sem articulação pode ser um perdedor terrível, diz Roberto Rodrigues
O Conexão Campo Cidade desta semana, que contou com a participação de Samanta Pineda, advogada especialista em direito socioambiental, teve como foco a realidação da COP 30, que ocorrerá neste ano em Belém-PA. Segundo Marcelo Prado, o evento será uma grande oportunidade para o Brasil mostrar a força e sustentabilidade do país e a força do agronegócio. Porém, ele compara que como em um grande show um artista não pode desafinar, o Brasil também precisa estar bem articulado para que o evento transmita para o mundo os pontos positivos da nação.
Samanta Pineda afirmou que qualquer falha, qualquer escorregão vai parar nos principais jornais de todo o mundo, então é preciso que a cidade sede esteja preparada para receber um grande número de pessoas com estrutura de hotéis, logística e para alimentação. Por isso, existe uma preocupação em relação à Belém se realmente terá a infraestrutura para as cerca de 60 mil pessoas que estão previstas. “A infraestrutura ainda é um frio na barriga”.
“O silêncio a respeito da COP 30 aqui em Brasília é assustador. Nós não temos presidente definido, nós não temos time que vai trabalhar a agenda definido, não tem uma agenda. Realmente não acho que nós como país estamos preparados. Como brasileira fico bastante preocupada, como estudante das mudanças climáticas fico em pânico”.
Desde o ano passado, o que houve foi a criação de um escritório em Belém para a COP 30 e um comitê em Brasília, mas era esperada que até o final do ano tivesse o nome de um presidente definido.
Apesar disso, para Pineda, o Ministério da Agricultura do Brasil já deveria estar alardeando uma agenda da agricultura para a COP 30. Segundo ela, já deveria haver uma agenda do agro para o evento, assim, por mais que haja uma agenda geral para a discussão, a do agro já estaria aposentada.
Para complementar, Roberto Rodrigues cita um artigo em que pede para o ministro que coordene a discussão do agro com todas outras entidades para ter uma agenda única e articulada, sem confrontos, em que todos defendam a mesma tese. “A agricultura pode ser o grande vencedor dessa COP, mas pode ser, se não houver essa articulação, um perdedor terrível”.