Conexão Campo Cidade aborda fala de vencedor do Nobel da Paz sobre recompensa aos produtores rurais por meio de créditos de carbono

Publicado em 04/11/2024 18:32 e atualizado em 13/11/2024 10:38
Rafael Melo, CEO da E2Carbon, participou da edição desta semana como convidado especial e trouxe detalhes sobre esse mercado
Conexão Campo Cidade -

urante o Congresso das Mulheres, que aconteceu na última semana, José Luiz Tejon conversou com Rattan Lal, vencedor do prêmio Nobal da Paz, o qual ressaltou a relevância global do Brasil na produção de alimentos, a necessidade atual conseguir produzir mais em menos áreas e, por fim, destacou que os líderes do país precisam reconhecer e recompensar os agricultores brasileiros pela preservação ambiental, o que pode ser feito por meio do pagamento de créditos de carbono.

Para Lal, um preço ideal seria US$ 50 por crédito de carbono, que equivale a uma tonelada métrica de CO2 no solo. Para expandir esse assunto, a edição desta semana contou com a presença de Rafael Melo, CEO da E2Carbon. Segundo Melo, esse preço ainda é uma utopia, mas é de suma-importância conseguir promover progressão nesses valores, que atualmente é cerca de US$ 10 cada crédito.

De acordo com o que afirmou José Luiz Tejon, o ideal é que o valor do crédito de carbono, um dia, alcance um valor que promova uma “descommoditiezação”, ou seja, que o crédito de carbono seja uma fonte de renda equivalente à própria produção.

Marcelo Prado, entre o valor ideal e o mundo real ainda tem uma distância grande, e aqueles que poluem ainda não estão dispostos a abrir o bolso para pagar um valor justo pelo sequestro de carbono. De acordo com o economista Antônio da Luz, o desafio agora é equilibrar o valor dos créditos de carbono com o lucro da produção, pois o dinheiro que tem que ser ganho é o proveniente do trabalho.

Como reforçou Ricardo Melo, o produtor rural brasileiro já tem diversas regras que precisa seguir, porém essas práticas ainda não são contabilizadas para o pagamento dos créditos de carbono. Ele afirma que é importante os agricultores manterem essa forma de produção sustentáveis e aguardarem pelo pagamento dos créditos como um complemente, um bônus financeiro para aquilo que já fazer, e não imaginar que isso preencherá toda a renda, mas sim um benefício adicional.

Por: Igor Batista
Fonte: Notícias Agrícolas

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