Soja: Clima segue ruim no BR e a tendência de alta em Chicago permanece; prêmios melhoram

Publicado em 13/11/2023 09:54 e atualizado em 13/11/2023 11:25
Final de semana foi ainda de tempo muito adverso, com excesso de chuvas no Sul e a falta delas no Centro Norte do país, além das temperaturas bastante elevadas. Real tamanho da safra 2023/24 será difícil de ser estimado diante de tantas irregularidades.
Matheus Pereira

Depois de um final de semana de chuvas ainda muito irregulares, mal distribuídas e temperaturas muito elevadas, as previsões para os dez próximos dias, pelo menos, continuam apontando para condições ainda bastante adversas para o desenvolvimento da safra 2023/24 de soja do Brasil. O plantio está atrasado no país e, como explica o diretor da Pátria Agronegócios, Matheus Pereira, a soja que começa a ser estabelecida agora vai ter mais dificuldades de desenvolvimento daqui em diante. 

"Hoje é impossível acharmos alguém que discorde desta percepção e de que o teto produtivo no Brasil está sofrendo quebras", diz. "O mercado está sim olhando para o Brasil e vê as dificuldades dos produtores rurais que já estão escancaradas". No entanto, Pereira destaca que ainda não se confirma uma catástrofe generalizada e que o país ainda tem condições de ter uma safra boa, apesar de tantas irregularidades. 

E com tantos desafios no campo, a comercialização acaba não sendo uma prioridade dos produtores brasileiros, com apenas algo perto de 35% da safra já foi comprometida, ainda de acordo com levantamentos da Pátria. No ano passado, neste mesmo período, eram 45%. A consultoria ainda estima a safra brasileira em 155,8 milhões de toneladas, mesmo número desde agosto. Ao fim deste mês, a estimativa será revisada e deverá sofrer ajustes. 

Com isso, os preços da soja aqui no Brasil também encontram suporte, principalmente pelos prêmios. Os valores já apresentaram certa melhora e, apesar de estarem ainda em campo negativo, já sinalizaram um incremento de cerca de 10 centavos de dólar. "Os prêmios ainda estão depreciados, estando em -70 cents para fevereiro, -80 para março, e falamos em um potencial de inversão de quase 100, 120, 130 pontos até chegarem a patamares mais razoáveis, caso o mercado continuem com essa percepção de encolhimento da oferta", explica Matheus Pereira. 

Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistacarlamendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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