Conexão Campo Cidade: Falta de lideranças fortes faz com que povos e nações caminhem para desordem e polarizações

Publicado em 16/10/2023 18:45 e atualizado em 23/10/2023 16:43
Para os participantes do Conexão Campo Cidade, o mundo caminha para uma condição de desordem, provocada por uma ausência de líderes fortes para comandar a sociedade
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Conexão Campo Cidade: Falta de lideranças fortes faz com que povos e nações caminhem para desordem e polarizações

 

Roberto Rodrigues afirmou ter lido um artigo do jornalista americano Thomas Friedman, no qual Friedman analisa o cenário geopolítico atual e conclui que o mundo está entrando na era da desordem, com um profundo desentendimento nas relações entre as pessoas.

Essa desordem seria provocada por uma falta de liderança nos países, que gera polarizações entre as pessoas. Nesse mesmo sentido, Rodrigues já havia alertado para formações de dois grandes grupos, ocidental e oriental, comandados por Estados Unidos e China.

É essa condição que, para Rodrigues, resulta no conflito entre Israel e Hamas nas proporções vistas hoje. Marcelo Prado argumentou de forma semelhante, após recordar ter encontrado em Israel, durante uma viagem, uma boa relação entre israelenses e palestinos.

“O grande problema do mundo não são as nações ou os povos, são os líderes, a ideia ruim dos líderes, que leva a conflitos e ataques terroristas. As pessoas em si se são bem”, afirmou Marcelo Prado.

 

Lideranças fracas e ideias radicalizadas

O economista Antônio da Luz destacou o episódio histórico, ocorrido em 1962, entre Estados Unidos e União Soviética, quando os soviéticos implantaram mísseis em Cuba, com forma de ameaça ao Estado norte-americano. A apreensão à época era para a possibilidade de ocorrer um “armagedom”.

Contudo, segundo Antônio da Luz, a experiência de lideranças como Nikita Khrushchev e John F. Kennedy foi decisiva para que as proporções do conflito não se tornassem catastróficas.

“Olhem a diferença das lideranças que nós tínhamos no passado para enfrentar momentos de dificuldade e olhem as que nós temos hoje”, afirmou o economista. De acordo com ele, o maior problema das lideranças fracas é que, semelhante a um pêndulo puxado que, quando solto, toma força no sentido oposto.

Ou seja, as lideranças fracas proporcionam uma condição para formação de ideias opostas radicalizadas. “Temo que a fraqueza das lideranças gere uma geração mais radicalizada nessa linha da nova polarização. Liderança fraca forma novas lideranças radicalizadas”, declarou.

Por: Igor Batista
Fonte: Conexão Campo Cidade

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