As oportunidades para o agronegócio brasileiro com os adeptos à dieta restrita à base vegetal

Publicado em 01/08/2022 18:51 e atualizado em 02/08/2022 15:54
O Conexão Campo Cidade desta semana contou com a participação de Mônica Buava, que falou sobre o veganismo e as possibilidades que a agricultura brasileira tem para explorar com a alimentação vegana
Conexão Campo Cidade

O agronegócio e os setores urbanos estão intrinsecamente conectados, já que as cadeias produtivas de alimentos influenciam diretamente no cotidiano das cidades. Porém, muitos ruídos de comunicação entre as duas pontas geram discussões e desentendimentos que merecem atenção. Nesse contexto, o site Notícias Agrícolas e a consultoria MPrado desenvolveram o projeto Conexão Campo e Cidade, que visa debater diversas questões relacionadas aos negócios que envolvem os ambientes urbanos e rurais.

Confira aqui todas as edições do Conexão Campo Cidade

Uma possibilidade para a agricultura alcançar mais espaço no meio urbano está na conexão com o mercado vegano. Cresce no Brasil a quantidade de pessoas que optam por não comer alimentos de origem animal por diversos motivos. Dessa maneira, o agronegócio encontra um espaço para produção de alimentos diferentes a fim de atender tal público. Para falar sobre esse assunto, o Conexão Campo Cidade desta semana recebeu Mônica Buava, sócia-fundadora do restaurante vegano Pop Vegan Food.

 

O foco naquilo que nos une

A primeira questão levantada na edição da segunda-feira, 1º de agosto de 2022, foi em relação à má alimentação. É um consenso absoluto que o combate à fome precisa ser potencializado, e o aumento produtivo agrícola é fundamental para isso. "O Brasil, principalmente, está em um momento em que precisa avançar em muito setores. Então, a gente precisa realmente deixar as diferenças de lado e olhar o que temos no prato, o que precisamos fazer e o que podemos fazer", afirmou Buava.

 

As possibilidades para os produtos agrícolas

O mercado vegano pode ser explorado por produtores rurais, com o desenvolvimento de variedades de alimentos que passem a fazer parte da rotina alimentar das pessoas que escolhem não comer carne. Um produtor que tem se beneficiado disso é feijão. O grão, que no Brasil popularmente é consumido apenas junto do arroz, com destacou Buava, pode ser servido até mesmo como sobremesa.

Para explorar novas tecnologias, como variedades de novas sabores e qualidades como o cozimento mais rápido, a empresária citou o The Good Food Institute, que trabalha com pesquisadores e empreendedores, em parceria até mesmo com a Embrapa, na busca por desenvolver alimentos diferenciados.

 

A má alimentação no Brasil e soluções para esse problema

Não apenas a fome no Brasil é um problema, como também a má alimentação. Por diversos motivos, alimentos ultraprocessados, com grande quantidade de gordura, são consumidos de forma demasiada, por diversos motivos, entre eles a renda que dificulta o acesso à comida com melhor qualidade nutricional.

O conhecimento de novos pratos e novas formas de preparo de alimentos à base vegetal podem contribuir com uma alimentação melhor. Um forma importante de aumentar o consumo de alimentos saudáveis, sobretudo entre as crianças, é a exploração desses pratos na merenda escolar.

Nas escolas, muitas vezes, o consumo de frutas é substituído até mesmo por sucos ricos em açúcares. Portanto, o Governo pode ser um comprador ainda mais relevantes de frutas e leguminosas ao introduzir uma quantidade maior desse tipo de alimento na merenda escolar.

Por: Igor Batista
Fonte: Notícias Agrícolas

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