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Dólar à vista fecha em alta de 0,79%, a R$ 5,4999
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar tornou a subir de forma expressiva ante o real, com as operações locais voltando de um feriado e repercutindo a força da moeda norte-americana no exterior e renovadas preocupações domésticas do lado fiscal nesta terça-feira.
O dólar à vista valorizou-se 0,79%, a 5,4999 reais na venda.
A cotação variou de 5,4301 reais (-0,49%) a 5,51 reais (+0,97%).
Na sexta passada, a moeda já havia subido 1%, afastando-se de uma mínima em mais de um mês de 5,4031 reais da sessão anterior.
No exterior, o índice do dólar contra uma cesta de rivais de países ricos saltava 0,37%, para máximas em 16 meses, após fortes dados econômicos nos EUA endossarem expectativas de aperto monetário por lá, movimento que favoreceria a moeda norte-americana.
(Por José de Castro)
Exportação de soja do Brasil no mês já bate novembro de 2020; minério se recupera
SÃO PAULO (Reuters) - A exportação de soja do Brasil atingiu 192,3 mil toneladas ao dia até segunda semana de novembro, mais que o dobro da média do mês completo no ano passado, o que permitiu ao país registrar já embarques maiores do que os vistos em todo o mês de 2020, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Na soma de oito dias úteis do mês, os embarques registrados foram de 1,54 milhão de toneladas, enquanto em novembro completo do ano passado somaram 1,435 milhão de toneladas.
Com uma safra recorde em 2021 e contando com estoques maiores para passar o ano, o Brasil consegue ampliar os embarques neste período, quando as exportações de soja já são sazonalmente mais fracas.
A exportação de minério de ferro teve recuperação, somando 1,22 milhão de toneladas ao dia, mais que o dobro do registro da primeira semana do mês, mas ainda abaixo do total de novembro de 2020 (1,46 milhão de toneladas/dia).
Outro destaque foi a exportação de açúcar, que somou 175 mil toneladas, versus 145,2 mil t ao dia no mesmo mês completo de 2020.
A exportação de carne bovina do Brasil até segunda semana de novembro teve média diária de 4,79 mil toneladas, versus 8,39 mil toneladas/dia em novembro de 2020, com país sofrendo impacto de um embargo da China.
(Por Roberto Samora)
PEC dos Precatórios tem que ter pequeno espaço para reajuste de servidores, diz Bolsonaro
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira que a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios pelo Congresso irá abrir espaço para se conceder reajuste aos servidores públicos federais, justificando o eventual aumento como resposta a um congelamento dos salários e à inflação.
"Há possibilidade, porque a inflação... estão há dois anos sem reajuste. A questão da pandemia até se justifica, porque muita gente perdeu emprego ou teve seu salário reduzido. Agora a inflação chegou a dois dígitos. Então conversei com Paulo Guedes, em passando a PEC dos Precatórios, tem que ter um pequeno espaço para dar algum reajuste. Não é o que eles merecem, mas é o que podemos dar", disse Bolsonaro em entrevista a jornalistas no Barein, onde está em viagem oficial.
Segundo o presidente, o aumento, se vier a ser concedido, seria dado a todos os servidores públicos federais, sem exceção. Bolsonaro disse ainda que concursos públicos só vão ocorrer para o que for essencial, citando o que foi feito para a Polícia Federal e para a Polícia Rodoviária Federal.
Na véspera, Bolsonaro já havia dito que a folga no teto de gastos a ser criada pela PEC dos Precatórios poderia ser usada para reajuste dos servidores federais, além de seu propósito principal, que é financiar o novo programa de transferência de renda Auxílio Brasil.
"Dá para atender a população mais carente, dá para atender a questão orçamentária e pensamos até, dado o espaço que está sobrando, em atender até em parte os servidores", disse Bolsonaro durante entrevista em Dubai.
Até o momento, entre as várias intenções do governo para aproveitar a folga no Orçamento aberta pela PEC, o reajuste de servidores --mal visto pela equipe econômica dado o efeito cascata que causa-- não tinha sido aventada.
O salário dos servidores federais está congelado desde 2019 e concursos públicos estão suspensos, medidas que foram cruciais para conter as despesas públicas este ano.
(Reportagem de Ricardo Brito e Lisandra Paraguassu)
Há certa preocupação com eventual impacto de volatilidade de criptoativos, diz diretora do BC
BRASÍLIA (Reuters) - A diretora de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos? do Banco Central, Fernanda Guardado, afirmou nesta terça-feira que existe "certa preocupação" com a volatilidade que os criptoativos podem trazer ao sistema financeiro, mas não para agora.
Em webinário promovido pela Aberj, ela afirmou que os criptoativos são vistos mais como um ativo financeiro e um investimento pelos brasileiros em meio à busca por ativos no exterior.
"Há uma certa preocupação com os impactos que a volatilidade desses ativos podem trazer diante de uma demanda muito grande, de um avanço muito grande dentro de balanços de fundos, e portfólios e bancos no tempo, não agora", afirmou.
Sem especificar a moeda, Guardado afirmou que um volume de 20 bilhões já é observado em criptoativos detidos por brasileiros. Segundo dados até setembro do BC, o estoque total já alocado historicamente pelos brasileiros em criptoativos é de 12 bilhões de dólares.
Sobre a moeda digital brasileira, ela afirmou que a CBDC ainda está em fase embrionária e que o BC quer tocar o tema "com bastante cuidado".
(Por Marcela Ayres)
Em elogio a Guedes, Bolsonaro diz que economia tem de ser dirigida por alguém competente
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira que a economia tem de ser dirigida por alguém competente, em elogio que fez ao ministro da Economia, Paulo Guedes, pela sua condução da pasta e, em especial, no enfrentamento à pandemia.
"Começamos 2021 e estamos quase terminando com a possibilidade de crescermos 5% na economia, graças obviamente pela equipe que está ao nosso lado, bem como pelos economistas na pessoa do Paulo Guedes que bem sabe tratar dessa delicada questão", disse.
"A economia, com toda certeza, a sua dirigibilidade, tem que caber a pessoas realmente competentes. Graças a Deus temos isso no Brasil", reforçou ele, durante encerramento do Seminário Empresarial da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, no Barein.
Para Bolsonaro, o Brasil cada vez mais recupera e ganha confiança em todo o mundo.
(Reportagem de Ricardo Brito)