Tudo o que sobe, desce! Como é o caso da Uréia, que já está com 20% de queda na China (p/ agosto-22)

Publicado em 18/10/2021 15:23 e atualizado em 18/10/2021 17:29
Edição do Tempo&Dinheiro desta 2a.feira, 18/outubro/21, com João Batista Olivi
Tempo & Dinheiro

Ibovespa fecha sessão volátil praticamente estável

SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da bolsa paulista fechou esta segunda-feira perto da estabilidade, com o pessimismo pelo crescimento econômico decepcionante da China sendo compensado pela influência positiva de Wall Street com previsões animadoras para resultados trimestrais de grandes companhias dos Estados Unidos.

De acordo com dados preliminares, o Ibovespa teve baixa de 0,02%, aos 114.620,40 pontos. O giro financeiro do dia somou 27,5 bilhões de reais.

Dólar fecha em alta de 1,22%, a R$ 5,5208 na venda

(Reuters) - A moeda norte-americana fechou em forte alta contra o real nesta segunda-feira, mesmo depois que o Banco Central inseriu mais de 1 bilhão de dólares no mercado de câmbio por meio de venda líquida de contratos de swap cambial tradicional, em meio a riscos que vão da inflação global às incertezas fiscais domésticas.

O dólar à vista teve alta de 1,22%, a 5,5208 reais na venda. Na B3, em que os negócios vão além das 17h (de Brasília), o dólar futuro subia 1,04%, a 5,5315 reais.

BC irriga mercado com US$1,2 bi em dois leilões de swap cambial tradicional

SÃO PAULO (Reuters) - O Banco Central inseriu 1,2 bilhão de dólares no mercado de câmbio nesta segunda-feira após venda líquida de contratos de swap cambial tradicional, divididos entre um leilão extraordinário e um já previsto em calendário, em meio a esforços da autarquia para suprir demanda por moeda estrangeira e amenizar distorções na taxa cambial.

Ainda assim, o dólar à vista mostrava forte alta de mais de 1,4%, que empurrava a cotação acima de 5,53 reais nesta segunda. O retorno do BC na semana passada com intervenções mais pesadas ocorreu num dia em que o real estava visivelmente descolado de seus pares, que operavam em alta na ocasião. Nesta segunda, as moedas emergentes recuavam, mas o real caía mais.

O BC vendeu todos os 14 mil contratos de swaps cambiais --o equivalente a 700 milhões de dólares-- ofertados em leilão que faz parte de medidas anunciadas no fim de setembro para aliviar a maior pressão compradora na virada do ano devido ao desmonte do "overhedge" por instituições financeiras.

O "overhedge" é uma proteção cambial adicional adotada por bancos que deixou de ser interessante depois de mudanças em regras tributárias. Desfazê-lo implica compra de dólares.

No leilão de swap voltado para o "overhedge" --que faz parte de uma "ração" às segundas e quartas que o BC tem oferecido--, a autarquia vendeu 5.500 contratos para 1º de junho de 2022 e 8.500 para 1º de setembro de 2022.

Mais cedo, o Banco Central já havia colocado o equivalente a 500 milhões de dólares, ou 10 mil contratos, em leilão extraordinário de swap cambial tradicional, com 4.200 contratos para 1º de fevereiro de 2022 e 5.800 para 1º de junho de 2022.

Essa operação, que não faz parte das medidas anunciadas no mês passado mirando o "overhedge", é da mesma natureza das realizadas pelo BC na semana passada, quando o dólar estava em forte alta, embora o lote tenha sido reduzido pela metade em comparação aos 20 mil contratos ofertados diariamente entre quarta e sexta-feira.

Futuros do carvão e coque sobem na China para recordes com preocupação de oferta

PEQUIM (Reuters) - Os contratos futuros de carvão metalúrgico e de coque negociados na China saltaram cerca de 9% nesta segunda-feira, para máximas recordes, com a oferta permanecendo apertada, embora Pequim tenha intensificado os esforços para aumentar a produção.

Os contratos futuros de carvão metalúrgico mais negociados na Bolsa de Commodity de Dalian, para entrega em janeiro, subiram 9%, para 3.869 iuanes (601,24 dólares) a tonelada, antes de fechar em alta de 8,4%, a 3.847 iuanes por tonelada.

Os futuros do coque atingiram seu limite diário de negociação, com alta de 9%, para 4.344 iuanes por tonelada.

"Os preços do coque foram sustentados principalmente pela matéria-prima de carvão metalúrgico", disse Tang Binghua, analista da Founder CIFCO Futures, acrescentando que ainda havia aperto no fornecimento de carvão metalúrgico e térmico.

"A situação (oferta restrita) ainda não melhorou, especialmente porque o governo precisa garantir a demanda de aquecimento durante o inverno."

A produção de carvão da China ficou em 334,1 milhões de toneladas em setembro, ante 335,24 milhões de toneladas em agosto e queda de 0,9% na comparação anual, de acordo com dados do órgão nacional de estatísticas.

A produção de coque no mês passado caiu 9,6% no comparativo anual, para 37,18 milhões de toneladas, mostraram os dados.

Outros ingredientes siderúrgicos caíram. Os futuros do minério de ferro de referência na bolsa de Dalian recuaram 2,3%, para 711 iuanes por tonelada.

Os preços do aço na Bolsa de Futuros de Xangai caíram. O vergalhão de aço usado na construção fechou em queda de 1,2%, para 5.422 iuanes por tonelada.

Economia da China cresce no menor ritmo em um ano com crise energética e problemas no setor imobiliário

PEQUIM (Reuters) - A economia da China registrou seu ritmo de crescimento mais lento em um ano no terceiro trimestre, prejudicada pela escassez de energia, gargalos nas cadeias de abastecimento e grandes turbulências no mercado imobiliário, o que aumenta a pressão sobre os formuladores de política econômica para mais ações a fim de sustentar a recuperação vacilante.

Os dados divulgados na noite de domingo (no Brasil) mostraram que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 4,9% entre julho e setembro em relação ao mesmo período do ano anterior, leitura mais fraca desde o terceiro trimestre de 2020 e abaixo das previsões.

A segunda maior economia do mundo está enfrentando vários desafios importantes, incluindo a crise da dívida do China Evergrande Group, atrasos na cadeia de abastecimento e uma crítica crise de eletricidade, o que derrubou a produção das fábricas ao ponto mais fraco desde o início de 2020, quando pesadas restrições relacionadas à Covid-19 estavam em vigor.

"A recuperação econômica doméstica ainda é instável e desigual", disse o porta-voz do Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês), Fu Linghui, em um briefing em Pequim.

A economia da China teve uma recuperação impressionante desde a crise pandêmica do ano passado, graças à contenção eficaz do vírus e à alta demanda no exterior por produtos manufaturados do país. Mas a retomada perdeu força desde o crescimento explosivo de 18,3% registrado no primeiro trimestre deste ano.

Pesquisa da Reuters com analistas mostrava que o PIB aumentaria 5,2% no terceiro trimestre.

Os números fracos fizeram com que o iuan e a maioria dos mercados de ações asiáticos caíssem em meio a preocupações mais amplas de investidores sobre a recuperação econômica mundial.

Especulador faz maior compra líquida de reais desde junho, mas mantém posição vendida na moeda--CFTC

SÃO PAULO (Reuters) - Especuladores que operam na Bolsa Mercantil de Chicago efetuaram na semana finda em 12 de outubro a maior compra líquida de contratos de real desde o fim de junho, depois de venderem a moeda brasileira na maior velocidade em mais de dois anos.

Os dados foram divulgados na noite de sexta-feira pela CFTC, agência que regula mercados de futuros e opções nos Estados Unidos.

O dia 12 de outubro corresponde à terça-feira da semana passada --feriado no Brasil e antes de o Banco Central iniciar uma série de intervenções mais expressivas no mercado de câmbio que resultaram na injeção de bilhões de dólares em liquidez e tiraram o dólar de alta no acumulado da semana para queda de cerca de 1%.

As apostas líquidas na depreciação da taxa de câmbio foram reduzidas para 373 contratos, de 2.290 na semana encerrada no último dia 5 --quando a venda líquida de derivativos do real foi a mais forte desde a semana finda em 10 de setembro de 2019.

A compra líquida entre uma semana e outra, de 1.917 contratos, é a maior em números absolutos desde a semana finda em 29 de junho (2.221 contratos).

Apesar da recomposição do portfólio, a posição agregada dos especuladores ainda é vendida em real --ou seja, ganha com a desvalorização da divisa brasileira.

Exportação de soja do Brasil sobe 70% até 3ª semana de outubro

SÃO PAULO (Reuters) - A média diária de exportação de soja do Brasil alcançou 206,79 mil toneladas até a terceira semana de outubro, alta de 70% ante 121,11 mil toneladas embarcadas ao dia no mesmo mês completo de 2020, mostraram dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) nesta segunda-feira.

No comparativo semanal, no entanto, houve um ajuste. Até a segunda semana do mês, o Brasil --maior produtor e exportador global da oleaginosa-- exportava 240,2 mil toneladas do grão por dia.

Na contramão, a média diária de embarques de carne bovina despencou para 4,57 mil toneladas, contra 8,13 mil em outubro de 2020, em meio à suspensão de vendas para a China.

Line up de outubro já indica 3,3 milhões de t para exportação de soja (T&D)

Pelo line up incluindo 300 mil de novembro temos 82,5 milhões contra 82,2 do ano passado. A diferença é que em outubro, novembro e dezembro do ano passado exportamos muito pouco. Devemos atingir 86/87 milhões no ano. Recorde.

Segundo o Decex na primeira quinzena de outubro exportamos 2,1 milhões de t de soja. No óleo foram mais de 60 mil e seguramente atingiremos 100 mil em outubro. Assim atingiremos 1,3 milhão em dez meses. Chegaremos a 1,4 milhão no ano. Dessa forma o esmagamento terá que ser maior que a previsão da Abiove.

Em compensação no milho exportamos até 13,5 milhões de t. e dificilmente atingiremos 18 milhões no ano . A Conab ainda teima em 22 milhões de t. mas o Line up de outubro já indica 3,3 milhões de t para exportação de soja.

Bolsonaro diz que define esta semana extensão do auxílio emergencial e preço do diesel

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira que o governo deverá resolver nesta semana detalhes sobre a extensão do auxílio emergencial e também de medidas referentes ao preço do diesel no país.

"Se Deus quiser, nós resolveremos esta semana a extensão do auxílio emergencial, como devemos resolver também esta semana a questão do preço do diesel", disse.

"As soluções não são fáceis, mas nós temos a obrigação de mostrar a origem do problema e como resolvê-lo", completou ele, em cerimônia em São Roque (MG) de lançamento de um programa para garantir acesso à água no semiárido brasileiro.

O presidente disse que reuniu-se no sábado com ministros, entre eles o titular da Economia, Paulo Guedes, para discutir a extensão do auxílio emergencial em um valor que "dê dignidade" aos necessitados. O benefício pago durante a pandemia encerra-se neste mês.

Apesar da fala do presidente ter sido nominalmente auxílio emergencial, o governo também tem discutido medidas para a criação do Auxílio Brasil, o novo programa de assistência social reforçado que substituirá o Bolsa Família.

A adoção do Auxílio Brasil esbarra, no momento, em qual fonte de financiamento do programa. O governo busca aprovar no Congresso mudanças legais como uma nova forma de pagamento dos precatórios e a reforma do Imposto de Renda com o objetivo de abrir espaço fiscal para custear o novo benefício.

Procurado para esclarecer se o presidente teria se confundido, a Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência não respondeu de imediato o pedido de comentário.

DIESEL

No caso do preço do diesel, três entidades nacionais de trabalhadores vinculados ao setor de transporte de cargas anunciaram que decidiram decretar estado de greve e que vão iniciar greve nacional a partir de 1º de novembro se o governo federal não atender reivindicações que remontam à paralisação dos caminhoneiros em 2018.

Uma das principais queixas dos motoristas é justamente o custo do combustível, reajustado para cima seguidas vezes nos últimos meses pela Petrobras. O preço médio do diesel no país acumula alta de mais de 50% neste ano.

A decisão foi tomada durante encontro no Rio de Janeiro que reuniu as entidades Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), vinculada à CUT; Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) e Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), segundo comunicado enviado à imprensa na noite do sábado.

As três entidades já fizeram outras convocações de greve nacional dos caminhoneiros, incluindo em fevereiro e julho deste ano, mas com a categoria dividida entre grupos que apoiam e são contra o governo de Jair Bolsonaro os protestos não chegaram ao nível de mobilização de 2018 em que o país parou por mais de 10 dias.

No final de setembro, a Petrobras anunciou aumento de 9% no preço médio do diesel vendido em suas refinarias, após 85 dias de estabilidade. Com o movimento, os preços médios de diesel e gasolina da Petrobras acumulam alta de mais de 50% neste ano.

A Câmara dos Deputados aprovou na semana passada projeto que torna fixo o ICMS incidente sobre os combustíveis, uma proposta defendida por Bolsonaro, mas que não conta com apoio de boa parte dos governadores, que calculam que perderão 24 bilhões de reais em arrecadação. O texto vai ser analisado pelo Senado.

INFLAÇÃO

O presidente disse ainda que "brevemente" a inflação no país começará a diminuir, argumentando que o governo está tomando medidas para debelar o aumento de preços.

Bolsonaro voltou a questionar mais uma vez a eficácia de vacinas contra Covid-19, destacando a liberdade das pessoas em se imuninzar ou não.

O presidente chegou a citar a morte do ex-secretário de Estado dos Estados Unidos Colin Powell, que estava completamente vacinado e faleceu nesta segunda por complicações da Covid-19.

Bolsonaro voltou a falar erradamente que algumas das vacinas contra Covid-19 são experimentais. As vacinas disponíveis à população brasileira, no entanto, foram aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) após a realização de testes como seguras e eficazes.

Bolsonaro sanciona lei para criação da Autoridade Nacional de Segurança Nuclear

SÃO PAULO (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei que cria a Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN), autarquia responsável por monitorar, regular e fiscalizar as atividades e instalações nucleares no Brasil, informou o Ministério de Minas e Energia nesta segunda-feira.

Com sede no Rio de Janeiro, a nova autarquia tem origem no desmembramento da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). As duas autarquias vão usar orçamento, estrutura e pessoal atualmente previstos para a CNEN. Desta forma, não haverá impacto orçamentário.

"A ANSN ficará com a regulação, fiscalização e licenciamento, e a CNEN conduzirá os trabalhos de pesquisa e desenvolvimento do setor", disse a pasta em comunicado.

Seguindo a competência de cada órgão, a CNEN continuará vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e a ANSN será vinculada ao Ministério de Minas e Energia.

Será competência da nova autarquia regular e controlar estoques e reservas de minérios nucleares. Além disso, ela poderá conceder licenças e autorizações para usinas nucleares, operadores de reator, pesquisas e para o comércio interno e externo de minerais e minérios.

"A criação da ANSN tem o objetivo de separar a pesquisa da regulação e, com isso, atender exigências de gestão e também obter mais celeridade nas atividades", afirmou o ministério.

 

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