T&D abre debate do monopólio da logística e do lobby de quem não quer concorrencia nas ferrovias

Publicado em 23/09/2021 15:13 e atualizado em 23/09/2021 16:59
Edição do Tempo&Dinheiro desta 5a.feira, 23/setembro/21, com João Batista Olivi
Tempo & Dinheiro

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(Acima, trechos do programa de hoje, sobre o monopolio da logistica)

MTST invade a B3, sede da Bolsa de Valores de São Paulo

O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) invadiu na tarde de hoje (23/09, a sede da B3, a Bolsa de Valores, em São Paulo. a manifestação foi em protesto contra “o desemprego e a inflação alta” no país, dizem os invasores. O local teria sido escolhido em protesto à alta das ações das grandes empresas devido ao crescimento de 1,2% no Produto Interno Bruto (PIB).

Para os invasores a expansão não teria sido beneficiado as camadas mais pobres: “É inadmissível que quase 100 milhões de brasileiros estejam em situação de fome e insegurança alimentar enquanto os bilionários movimentam R$ 35 bilhões por dia só aqui na bolsa”, declarou uma das invasores do MTST. “Estamos aqui para denunciar o que acontece no país e a política por trás disso. Em um ano, o número de milionários dobrou”, disse, enquanto manifestantes agitavam bandeiras com o dizer “sua ação financia nossa miséria.”

A administração da Bolsa informou que a manifestação ocorre de maneira pacífica e não afeta suas operações.

‘O PT não é contra a democracia, nunca foi’, diz FHC

Ex-presidente da República, tucano defende participação do PSDB em atos da esquerda contra Jair Bolsonaro

Apesar de já ter declarado apoio à pré-candidatura do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), ao Palácio do Planalto em 2022, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso voltou a fazer acenos públicos ao ex-adversário eleitoral Luiz Inácio Lula da Silva e ao PT.

Em entrevista ao jornal O Globo, FHC não escondeu, mais uma vez, que votará em Lula caso o petista seja o adversário do presidente Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições do ano que vem. O tucano defendeu uma “frente ampla”, que inclua o PT, para derrotar o atual governo.

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“É bom que se crie uma frente ampla. Que haja diversidade de opiniões, mas que sejam todas a favor da democracia. Eu não discrimino o PT. O PT não é intrinsecamente contra a democracia. Nunca foi”, afirmou FHC. “Não há um sentimento genuíno do PT de ser contra a diversidade de opiniões.”

FHC disse ainda que o PSDB deve participar das manifestações da esquerda contra Bolsonaro. “Não importa quem convoque. Havendo uma convocação que seja possível de participar, dizer o que pensa é bom”, afirmou.

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Apesar das críticas, o tucano não acredita que Bolsonaro pretenda dar um “golpe de Estado”, como propagam seus opositores mais radicais. “Mesmo que ele queira, é difícil dar golpe no Brasil. Não conheço Bolsonaro, nunca o vi na vida, nem desejo. Mas acho que tem uma mentalidade simplista. Mesmo que tenha essa ideia, não vai conseguir. Se não tiver um programa que contemple a maioria da população, é difícil que a coisa avance”, afirmou.

Ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso voltou a acenar ao PT de Lula

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Manifestantes ocupam sede da B3 para protestar contra desigualdade e Bolsonaro (Reuters)

SÃO PAULO (Reuters) - Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) ocuparam nesta quinta-feira a sede da bolsa de valores B3 para protestar contra a desigualdade social e o governo do presidente Jair Bolsonaro, cobrando ações para combater a insegurança alimentar em meio à disparada da inflação.

"É inadmissível que quase 100 milhões de brasileiros estejam em situação de fome e insegurança alimentar enquanto os bilionários movimentam 35 bilhões de reais por dia só aqui na bolsa", disse Debora Pereira, liderança do MTST, em uma nota do movimento.

"Alguém está ganhando muito dinheiro com a fome do brasileiro e isso nós não podemos aceitar", acrescentou.

Os manifestantes levaram uma bandeira do Brasil com a palavra "Fome" escrita, além de panelas vazias e pedaços de osso, em uma referência à dificuldade para se comprar alimentos devido à inflação elevada.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve a maior alta para agosto em 21 anos, levando a taxa oficial de inflação do país para quase 10% em 12 meses, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"Ocupamos a bolsa de valores de São Paulo, maior símbolo da especulação e da desigualdade social. Enquanto as empresas lucram, o povo passa fome e o trabalho é cada vez mais precário. Quem segura o Bolsonaro lá são os donos do mercado", afirmou o MTST em publicação no Twitter com uma foto da invasão.

Segundo o movimento, centenas de sem-teto participaram da invasão pacífica, que ocorreu por volta das 13h e não tinha hora para ser encerrada.

Procurada, a B3 informou que o protesto ocorre de forma pacífica e que as operações do mercado não foram afetadas. O índice Ibovespa não foi afetado pela invasão e operava em alta de 1,6% por volta das 15h.

Arrecadação federal cresce 7,25% em agosto e é recorde para o mês, a R$ 146,5 bi

BRASÍLIA (Reuters) - A arrecadação da Receita Federal cresceu 7,25% em agosto, em termos reais, na comparação com o mesmo período do ano passado, somando 146,5 bilhões de reais, valor recorde para o mês, informou a Receita Federal nesta quinta-feira.

No acumulado do ano, a arrecadação teve alta real de 23,53% sobre os oito primeiros meses de 2020, a 1,2 trilhão de reais, também o maior valor já registrado pela Receita em série que tem início em 1997 e já desconta o impacto da variação da inflação.

A Receita disse que, no mês passado, um dos destaques foi novamente a arrecadação do IRPJ e CSLL, cobrados das empresas, com alta real de 41,8%, somando 25,7 bilhões de reais.

Desse total, 5 bilhões de reais foram avaliados como receitas "atípicas" (que vêm muito acima do estimado para o período). Segundo a Receita, o volume é vinculado principalmente a empresas exportadoras do segmento de commodities metálicas, cujo faturamento tem crescido sob o embalo da alta dos preços internacionais e da desvalorização do câmbio.

No ano, a arrecadação atípica de IRPJ/CSLL soma 29 bilhões de reais, a maior parte também associada ao setor de commodities.

O crescimento da arrecadação sobre 2020 também tem sido impactado pelo menor volume de diferimento de tributos promovido pelo governo para aliviar os contribuintes em meio à crise da pandemia (2,9 bilhões de reais em agosto de 2021, ante 17,1 bilhões de reais no mesmo mês do ano anterior) e pela redução das compensações tributárias (para 13,5 bilhões de reais, ante 19,7 bilhões de reais um ano antes).

Ao comentar os dados, o secretário especial da Receita, José Tostes, destacou que os números apontam para um crescimento sustentado da arrecadação.

"Tem importante componente estrutural nesse resultado", afirmou o secretário.

Copom deve explorar em ata potencial de inflação menos pressionada, preveem economistas

SÃO PAULO (Reuters) - A ata do Copom a ser divulgada na próxima terça-feira deverá explorar pontos que poderiam indicar inflação menos pressionada em 2022, como a avaliação de menor dinamismo nas economias asiáticas e chances de alívio nos preços da energia, e isso endossaria o recado dado pelo Banco Central dias atrás que desmontou apostas mais agressivas de alta na Selic, preveem economistas.

No comunicado de quarta-feira, o BC chamou atenção para dois fatores adicionais de risco para o crescimento das economias emergentes: projeções de expansão menor para economias asiáticas (leia-se China), por causa do impacto da variante Delta, e o aperto monetário conduzido em economias emergentes em reação a surpresas inflacionárias.

"O Comitê mantém a avaliação de que questionamentos dos mercados a respeito dos riscos inflacionários nas economias avançadas podem tornar o ambiente desafiador para países emergentes", completou.

A citação ocorre em meio a sinais de perda de fôlego em economias como a China, enquanto na Europa e nos EUA a variante Delta da Covid-19 também segue como fonte de preocupação.

"Você tem, sim, percepção crescente no mundo de que a economia está crescendo menos que o esperado. Isso reflete nas commodities metálicas, que são cíclicas, e pode no fim tirar um pouco da inflação do ano que vem", disse Adauto Lima, economista-chefe da Western Asset.

Os preços do minério de ferro, por exemplo, recentemente tocaram mínimas em dez meses. A FGV comentou que, se não fosse pela queda recente do insumo, a segunda prévia do IGP-M de setembro teria subido 1% (o índice caiu 0,58%), numa evidência do peso da commodity metálica na inflação brasileira.

Para além disso e numa potencial justificativa para um cenário inflacionário menos pressionado em 2022, os preços da energia elétrica também poderiam experimentar alívio no ano que vem.

"O fato é que houve muito choque de inflação neste ano. Estamos saindo de uma base alta. Se pensarmos que no ano que vem poderemos ter uma diminuição (da bandeira tarifária da energia elétrica) isso pode contribuir muito para (baixar) o IPCA do ano que vem", disse Mauro Orefice, diretor de investimentos da BS2 Asset.

As projeções de inflação do Copom situam-se em torno de 8,5% para 2021 (meta central de 3,75%), 3,7% para 2022 (meta de 3,50%) e 3,2% para 2023 (alvo em 3,25%). Em todos os anos a meta comporta uma margem de tolerância de 1,5 ponto.

A estimativa de inflação acima da meta central para 2022 --mesmo com uma Selic prevista em 8,25% neste ano e em 8,50% no ano que vem-- chamou atenção do mercado e levou alguns analistas a revisar projeções para cima. O UBS BB elevou a 9,25%, de 8,5%, o prognóstico para os juros em 2022.

Orefice, da BS2 Asset, pondera, contudo, que o BC parece ter no radar um quadro em que mesmo sua própria estimativa de inflação seria ajustada para baixo.

"O BC não pode falar isso explicitamente, que está esperando isso, ele tem que ter sinais, mas o fato é que inflação é variação de preços, e se a base é alta, a chance é de a inflação arrefecer mais", disse, lembrando a perda de fôlego dos indutores das altas dos preços deste ano.

A referência do BC ao menor crescimento externo se dá num momento em que no Brasil analistas têm revisado seguidamente para baixo seus prognósticos para o PIB do ano que vem. "Se tivermos alguma surpresa adicional negativa na atividade, a gente pode parar (a Selic) em 8%", disse o diretor de investimentos da BS2 Asset.

O Bank of America lembra que, no comunicado da véspera, o Copom reiterou ver "recuperação robusta do crescimento econômico ao longo do segundo semestre". Mas o banco norte-americano diz ter uma visão "mais cautelosa" sobre isso, devido aos "recentes sinais de acomodação".

No mercado, há quem veja o PIB em expansão de apenas 0,5% em 2022.

De toda forma, investidores embutem expressivo prêmio de risco na curva de juros da B3, em que as taxas a termo estão acima de 9% para boa parte de 2022, ano eleitoral.

"Embora as estimativas do Copom indiquem que a alta da Selic para 8,50% pode não ser suficiente para trazer a inflação de volta à meta, o comunicado sugere que a autoridade está mais confortável em adotar uma abordagem mais flexível, talvez acomodando a divergência dentro da meta banda", disseram estrategistas do Citi, num indicativo de que os juros poderiam ficar abaixo dos patamares sugeridos pelos preços de ativos financeiros.

 

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