Potencial de crescimento do mercado de forrageiras; Marcelo Prado entrevista diretor-geral da Barengrug do Brasil

Publicado em 12/08/2021 17:47 e atualizado em 04/11/2021 15:16
Grande opção de negócio atualmente, Álvaro Peixoto compara o mercado de forrageiras como o do milho a 30 atrás. Aumento das áreas cobertas para plantio direto tem sido o maior responsável por esse crescimento
Líderes do Agro

O programa Líderes do Agro da última quinta-feira (12) recebeu o diretor-geral da Barengrug do Brasil, o qual falou sobre o potencial de crescimento do mercado de forrageiros. A Barengrug é uma empresa holandesa criada no ano de 1904, presente no Brasil de Barengrug de o ano de 2012. Atualmente, possui o maior programa privado de melhoramento genético de forrageiras tropicais do mundo, focado em braquiária e Panicum, com crescimento anual de 30% a 50%.

O setor das forrageiras tem três principais seguimentos: o de jardins e campos, o de pasto para pecuária e de cobertura para plantio agrícola. De acordo com o que explicou Peixoto, a empresa holandesa tem como missão melhorar a nutrição animal, ajudar a produzir comida para combater a fome e melhorar espaços de lazer.

Hoje, o mercado de forrageiras tem presenciado um crescimento exponencial. O diretor compara o momento atual com o que o milho experimentou há 30 anos no Brasil, com uma expansão semelhante. O principal setor que tem crescido é o de cobertura para plantio direto, o que, consequentemente, tem ajudado a elevar oa números de produção na agricultura nacional.

Como uma empresa do setor, a Barengrug tem o objetivo de desenvolver materiais próprios, exclusivos. Hoje são 5 mil indivíduos com os quais são feitos cruzamentos entre eles e, há dois anos, gerou o primeiro material híbrido de braquiária focado para pastejo animal, a fim de aumentar a produtividade para carne e leite. Agora, são registrados ganhos entre 30 a 40 arrobas no gado.

Ainda sobre a pecuária, Peixoto afirmou que no Brasil existe uma cultura extensiva de pasto, ao invés de intensiva, porque o pecuarista não sabe manejar o gado e não tem os cuidados necessário. Os produtores estão mais preocupados com a genética do animal, o que é um erro. Para exemplificar, o diretor afirmou que é como se ele comprasse uma Ferrari, mas não se preocupasse com a qualidade da estrada por onde vai rodar na velocidade que precisa.

Contudo, aos poucos, mais pecuaristas têm percebido a importância de cuidar do solo. Como disse Marcelo Prado, antes a agricultura andava a 200km/h, enquanto que a pecuária ia a 50km/h. De uns anos para cá, a pecuária também começou a andar a 200km/h e nos próximos anos vamos ter uma pecuária bastante diferente da que temos hoje. Segundo o apresentador, isso aconteceu porque o pecuarista começou a ter um pensamento empresarial. Hoje têm cabeça muito mais moderna e voltada para a inovação.

Em relação ao uso de forrageiras para o cultivo, tem sido desenvolvidas pesquisas para obter materiais com raízes mais profundas, para incrementar a resistência aos nematoides e ampliar o sequestro de carbono. O principal objetivo é aumentar a produtividade e tornar a áreas mais sustentável. A entrevista completa está disponível no vídeo acima. O programa Líderes do Agro, com as principais informações de grande nomes do setor agropecuário, vai ao ar todas as quintas-feiras, a partir das 17h30.

Por: Igor Batista

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