Soja tem indicação de semana de cavalinho encilhado,ou seja, com preços em alta na Bolsa e no Brasil

Publicado em 06/08/2021 16:21 e atualizado em 06/08/2021 18:04
Edição do Tempo&Dinheiro desta 6s.feira, 6 de agosto/21, com João Batista Olivi
Tempo & Dinheiro

Vendas de soja do Brasil evoluem pouco com aposta em preço melhor, diz Safras

SÃO PAULO (Reuters) - A comercialização da safra de soja do Brasil 2020/21 atingiu 81,9% do total projetado, uma evolução mensal de 2,7 pontos percentuais, ficando abaixo da média histórica para o período, com produtores à espera de melhores preços, apontou nesta sexta-feira a consultoria Safras & Mercado.

Esse ritmo de vendas mais lento também acontece com os negócios antecipados para a nova temporada (2021/22).

O setor havia comercializado 95,7% da safra velha no mesmo período do ano passado, segundo a consultoria, apontando que a média de vendas nesta época é de 83,5%.

"No período, a comercialização evoluiu pouco... devido à postura mais retraída do produtor, que aposta em preços melhores", disse a consultoria em relatório.

As vendas antecipadas de soja do Brasil para 2021/22 atingiram 23,7% de uma safra futura projetada em 142,24 milhões de toneladas. Em junho, o número era de 21,5%.

Em igual período do ano passado, o índice de vendas para a nova safra era de 43,3% e a média dos últimos cinco anos é de 20,6%.

Por que os produtores brasileiros não estão vendendo soja 2021/22? 

por Carla Mendes

A comercialização da safra 2021/22 de soja do Brasil mostra um ritmo bem mais contido do que o observado há um ano, quando mais de 40% da oleaginosa nacional já havia sido comprometida com vendas e a uma média de preços mais modesta do que esta que tem sido registrada para o início desta nova temporada. 

E mesmo diante destes bons indicativos - que deram espaço, inclusive, para boas relações de troca, os sojicultores seguem reticentes, até mesmo frente aos altos custos de produção, que exigem estratégias eficientes e conscientes para que os produtores possam otimizar seus resultados. 

A consultoria Safras & Mercado estima a nova safra de soja do Brasil em 142,236 milhões de toneladas, eum uma área que pode alcançar 39,820 milhões de hectares. Deste volume projetado, 23,7% já foi comercializado, contra 43,3% de 2020 e 20,6 da média das últimas cinco safras. 

Para Luiz Fernando Gutierrez, analista de mercado da consultoria, os preços da safra velha e nova estão semelhantes, o que daria espaço ao produtor para avançar um pouco mais com suas vendas. "Sabemos que o custo subiu, mas os preços são remuneradores, as margens ainda estão boas com estes preços que temos hoje", diz. 

Parte deste comportamento se deve ainda ao receio do produtor em participar do mercado e ele se tornar tão agressivo em 2022 como aconteceu em 2021. "Temos isso e a visão fundamentalista de escassez do grão", explica Matheus Pereira, diretor da Pátria Agronegócios, que aponta que este, depois dos últimos acontecimentos, é um comportamento natural do setor diante dos atual cenário.

Safra de algodão do Brasil deverá ter recuperação em 21/22, diz Abrapa

SÃO PAULO (Reuters) - A safra de algodão do Brasil deverá ter recuperação no ano que vem (temporada 2021/22), e o país em breve vai superar os Estados Unidos como maior exportador global da pluma e poderá passar a Índia como maior produtor, disse nesta sexta-feira o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Júlio Cézar Busato.

Ele lembrou que o produtor brasileiro recuou no plantio em 2020/21, atingido pela queda de preços gerada pela pandemia. Mas, se imaginasse que a recuperação das cotações seria tão rápida e registrada ao longo da safra, a área não teria caído tanto.

O plantio de algodão do Brasil caiu para 1,37 milhão de hectares em 2020/21, ante 1,67 milhão na temporada anterior, conforme números da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

"Sessenta por cento do algodão brasileiro é de segunda safra, colhe a soja e planta algodão, isso não tem em lugar nenhum do mundo, disse Busato, citando um uma das vantagens competitivas do Brasil.

Segundo ele, com isso, o país conseguiu dobrar a produção em quatro anos e poderia repetir isso, superando a Índia como maior produtor mundial.

"Como podemos fazer isso novamente? O Brasil planta 38 milhões de hectares de soja e 1,6 milhão de hectares de algodão. Então se pegar emprestado mais 1,6 milhão, vamos nos tornar o maior produtor mundial", comentou.

Em evento promovido pela consultoria Datagro, Busato considerou que o Brasil deverá ser o primeiro exportador mundial de algodão em "curto espaço de tempo", superando os EUA, uma vez que tem área disponível para avançar e a qualidade cada vez ganha reconhecimento no mercado global.

"A mensagem do algodão é que agora nós estamos em briga de cachorro grande, e o cão está bravo com a gente porque estamos tomando mercado dele", afirmou, em referência aos norte-americanos.

Sobre outra vantagem competitiva, o dirigente lembrou que a produtividade do algodão do Brasil consegue ser o dobro da registrada nos EUA, devido aos investimentos e condições de clima do país.

O avanço da produção e das exportações está também relacionado com a demanda da China, disse o presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), Henrique Snitcovski, no mesmo evento.

Hoje o algodão brasileiro já representa 30% das importações da China, maior importadora do mundo, e há espaço para crescer, assim como em outros mercados de países asiáticos, comentou o presidente da Anea.

"O Brasil está no caminho certo para poder superar os novos desafios e atingir essa posição de maior exportador do mundo, tenho certeza que isso vai acontecer muito em breve", comentou Snitcovski.

Conforme a Conab, as exportações brasileiras deverão atingir 2 milhões de toneladas em 2020/21, queda ante o recorde de 2,125 milhões da temporada anterior.

(Por Roberto Samora)

Preços do café no varejo devem subir com geadas e custos de frete, diz a Reuters

LONDRES (Reuters) - A geada mais devastadora em décadas no Brasil, o maior produtor de café, e os custos de frete em máximas históricas devem elevar os preços no varejo a patamares não vistos em vários anos.

Os preços do café aumentarão ainda mais o custo de alimentos, seguindo altas em outros itens como pão, óleos vegetais e açúcar.

Um índice da agência de alimentos das Nações Unidas mostra um aumento anual de 31%, em um momento em que muitos consumidores estão com dificuldades financeiras devido à pandemia.

A pior onda de frio no Brasil desde 1994 elevou o preço dos grãos de café verde ao nível mais alto em quase sete anos, o que pode ser repassado aos consumidores quando estes forem comprar grãos torrados ou moídos nos supermercados.

O café arábica na bolsa norte-americana ICE Futures dobrou de preço nos últimos 12 meses, com as lavouras no Brasil murchando após a pior estiagem em 91 anos.

A extensão dos danos ainda está sendo avaliada, mas em áreas onde os cafeeiros não sobreviveram pode levar anos para a produção se recuperar totalmente.

Problemas no transporte, causados em parte por um aumento na demanda por bens de consumo e pela escassez de contêineres para navios --em momento em que a pandemia afeta os sistemas logísticos--, levaram a um salto no custo do frete para os principais países consumidores de café na América do Norte e na Europa.

Os traders acreditam que, embora os consumidores em breve tenham que pagar mais para comprar café nos supermercados, o custo de um "latte" ou "Americano" nas grandes redes de café pode não acompanhar a alta no curto prazo.

Morgan Stanley vê economia mais forte em 2021 e Selic em pico de 8% em 2022

SÃO PAULO (Reuters) - O Morgan Stanley elevou as projeções para o desempenho da economia brasileira em 2021 e 2022, citando expectativas de uma reabertura significativa dos negócios no segundo semestre, o que também deve pressionar mais as dinâmicas atuais nas cadeias de suprimentos e forçar a inflação para cima e, consequentemente, os juros.

Os economistas André Loes e Thiago Machado passaram a ver aumento de 5,5% do PIB neste ano, de 4,2% antes.

"Esperamos que o impulso do segundo semestre se estenda para 2022, com o processo eleitoral tendo impacto limitado sobre o crescimento, que agora projetamos em 2,5% (de 2,7% anteriormente; consenso em 2,1%), mesmo que possa gerar mais volatilidade nos preços de mercado", disseram Loes e Machado em relatório nesta sexta-feira.

A normalização mais rápida do chamado hiato do produto (diferença entre crescimento potencial e efetivo) vai reforçar a tendência recente na inflação de pressões de oferta começarem a se espraiar para núcleos dos índices de preços e para a inflação de serviços de forma mais proeminente.

Com isso, eles elevaram a estimativa para o IPCA em 2021 a 6,9%, de 6,2%.

"Para o próximo ano, estamos mantendo nossa projeção de inflação em 4,0%, já que o Banco Central deve levar os juros acima dos níveis neutros, provavelmente compensando crescentes pressões inflacionárias nos serviços e em itens dos núcleos de inflação", afirmaram Loes e Machado.

Nesse contexto e com um BC "claramente 'hawkish' (duro com a inflação)", o Morgan Stanley jogou para cima também os prognósticos para a Selic. Agora a previsão é de que o juro feche 2021 em 7,50% (antes a projeção era de 6,50%), com um aperto final no primeiro encontro do Copom de 2022 que empurrará a taxa para o pico do ciclo de 8,00%.

"A desaceleração gradual da inflação deve permitir que a autoridade monetária corte a taxa básica de juros em 50 pontos-base na última reunião de 2022, de volta a 7,50%", finalizaram os economistas do Morgan Stanley.

A Selic foi elevada nesta semana para 5,25%, depois de o Bacen acelerar o ritmo de alta para 1 ponto percentual citando maiores pressões inflacionárias.

Demanda por voos da Azul no mercado doméstico dispara em julho ante julho de 2020

SÃO PAULO (Reuters) - A demanda por voos da Azul no mercado brasileiro disparou 268,6% em julho ante julho de 2020, de acordo com dados preliminares de tráfego divulgados pela companhia aérea na quinta-feira à noite, com a oferta saltando 252,7%.

"As tendências do tráfego de julho indicam de maneira clara que a demanda está retomando de maneira acelerada no Brasil", afirmou o presidente-executivo da Azul, John Rodgerson, no comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

"O país está progredindo em sua campanha de vacinação e esses resultados de tráfego, combinados com as tendências positivas recentes nas reservas, nos deixam muito otimistas para os próximos meses", acrescentou.

A taxa de ocupação no mercado doméstico no mês passado ficou em 83%, de 79,4% um ano antes,

Montadoras terminam julho com menor estoque de veículos em 20 anos, diz Anfavea

SÃO PAULO (Reuters) - As montadoras do país registraram quedas de produção e vendas em julho ante junho e terminaram o mês passado com o menor volume de veículos prontos em estoque em mais de duas décadas, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pela associação que representa as fábricas no país, Anfavea.

A produção recuou 2% no mês passado ante junho, para 163,6 mil unidades, enquanto na comparação anual, o volume produzido mostrou uma queda de 4,2%.

Já as vendas de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus tiveram baixa de 3,8% no comparativo mensal e ligeiro incremento de 0,6% na relação anual, para 175,5 mil unidades, segundo a entidade.

O volume de veículos exportados em julho somou 23,8 mil unidades, um tombo de 29% ante junho e redução de 18,4% frente ao mesmo mês de 2020.

O setor fechou o mês passado com o menor nível de estoques desde que as medições começaram em 1999, a 85,1 mil veículos novos, suficiente para 15 dias de vendas. No início da pandemia, o volume disponível em pátios de montadoras e concessionárias somou 267 mil unidades, segundo dados da Anfavea.

O presidente da entidade, Luiz Carlos Moraes, afirmou em entrevista a jornalistas que a crise na oferta de semicondutores persiste e afirmou que o problema foi responsável por uma perda de produção no primeiro semestre de 100 mil a 120 mil veículos.

De janeiro ao fim de julho, o setor produziu 1,31 milhão de veículos, salto de 45,8% sobre um ano antes, cuja base de comparação é prejudicada por causa da paralisação de fábricas durante os primeiros meses da pandemia no país. O acumulado de vendas na mesma comparação mostra alta de 27%, a 1,25 milhão de unidades.

O quadro é diferente, no entanto, para o segmento de caminhões, cuja produção em julho subiu 1,1% sobre junho, mais do que dobrando sobre um ano antes, para 14,8 mil unidades. O segmento também é afetado pela crise na oferta de chips, mas com menor intensidade devido aos volumes de produção, disse Moraes.

No acumulado de 2021, a indústria produziu 89,5 mil caminhões, 115% acima do volume de um ano antes. Segundo a Anfavea, a produção do segmento nos primeiros sete meses do ano marca o maior acumulado desde 2013. Já o acumulado de vendas é o melhor desde 2014, com 70,7 mil caminhões.

Questionado sobre como o setor tem se movimentado para se preparar para uma eventual crise na oferta de energia, dado o baixo nível dos reservatórios de hidrelétricas do país, Moraes afirmou que mudança da atividade das fábricas para fora dos horários de pico "pode ser uma alternativa", mas dependendo da fábrica e do ritmo de produção.

S&P e Dow fecham em máximas recordes após sólido relatório de empregos

NOVA YORK (Reuters) - Os índices acionários Dow Jones e S&P 500 fecharam esta sexta-feira em máximas recordes, apoiados por um relatório de empregos mais forte do que o esperado nos Estados Unidos, com investidores ignorando preocupações com a possibilidade de a variante Delta do coronavírus impactar a ainda embrionária recuperação econômica local.

De acordo com dados preliminares, o Dow Jones fechou em alta de 0,41%, a 35.209,03 pontos, enquanto o S&P 500 subiu 0,17%, a 4.436,59 pontos. Já o índice de tecnologia Nasdaq recuou 0,42%, a 14.835,76 pontos.

Ibovespa assegura ganho em semana cheia de balanços e maior receio fiscal

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em alta nesta sexta-feira, assegurando uma performance positiva no acumulado da primeira semana de agosto, que foi marcada por resultado da Petrobras, mas também por aumento da tensão no ambiente político e do risco fiscal no Brasil.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,92%, para 122.753,83 pontos, acumulando um ganho de 0,78% na semana, de acordo com dados preliminares. O giro financeiro nesta sexta-feira somava 22,4 bilhões de reais.

Dólar fecha em alta de 0,35%, a R$ 5,2343

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar subiu ante o real nesta sexta-feira e acumulou alta ao fim de uma semana marcada pela rápida escalada de tensões fiscais e políticas no Brasil, com o cenário para o câmbio pressionado também por fortalecidas expectativas de que os EUA cortem oferta de dinheiro barato no mundo, o que pode gerar impacto em moedas emergentes como um todo.

O dólar à vista fechou em alta de 0,35%, a 5,2343 reais, depois de oscilar entre 5,2763 reais (+1,15%) e 5,2056 reais (-0,21%).

Na semana, a cotação valorizou-se 0,50%. Em 2021, o dólar acumula alta de 0,82%

Bolsonaro diz que não ataca STF, mas acusa ministros de desejarem volta da corrupção

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira que não faz ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas em seguida afirmou que parte da corte "quer a volta da corrupção e da impunidade".

"O que parte do nosso querido Supremo Tribunal Federal quer? A volta da corrupção e da impunidade. Não estou atacando o Supremo Tribunal Federal", disse Bolsonaro durante um almoço com empresários em Joinville (SC).

O presidente também lembrou que, na véspera, o presidente do STF, Luiz Fux, mencionou as reportagens com os constantes ataques que faz aos ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso e, mais uma vez, criticou a imprensa.

"Quem busca informação na mídia já está desinformado. Não ofendi nenhum ministro do Supremo, apenas falei da ficha do senhor Barroso", afirmou.

Bolsonaro voltou a acusar Barroso, que atualmente preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de ter interesses particulares ao ser contrário ao voto impresso, além de destilar uma série de acusações ao ministro, como de ser favorável ao aborto e contrário à família.

"É esse que fala que as urnas são invioláveis", afirmou. "Esse tipo de gente quer decidir as eleições do ano que vem. Eu quero e desejo eleições. Limpas, democráticas, sem que de meia dúzia de pessoas sem compromisso com a liberdade conte nossos votos em uma sala escura."

A proposta de voto impresso defendida por Bolsonaro foi derrotada na quinta-feira na Comissão Especial da Câmara onde foi analisada por 23 votos contrários a 11 favoráveis. Ainda assim, o presidente insiste em manter a defesa da proposta e o governo pressiona para que seja levada a plenário. 

O presidente tem afirmado que o sistema eletrônico de votação é passível de fraudes e repetido que a votação eletrônica não é auditável.

"O que menos existe é harmonia [entre os Poderes], nunca proferi uma só palavra, tive um só ato ou tive uma só posição fora das quatro linhas da Constituição", afirmou.

Bolsonaro sobe tom de ofensas e xinga Barroso de "filho da p."

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro subiu o tom das ofensas à cúpula do Judiciário nesta sexta-feira e xingou o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, de "filho da puta" durante a chegada a um almoço com empresários em Joinville, no norte de Santa Catarina.

O xingamento de Bolsonaro ocorreu no momento em que o presidente cumprimentava apoiadores que se aglomeravam na entrada do encontro, e foi captado durante uma transmissão ao vivo pela própria conta do presidente no Facebook. Posteriormente o vídeo foi apagado, mas gravações salvas circulam pelas redes sociais.

"O filho da puta ainda trai gente dessa maneira. Aquele filho da puta do Barroso", disse Bolsonaro a pessoas da comitiva.

Procurada, a assessoria de Bolsonaro não respondeu de imediato a um pedido de comentário sobre a fala do presidente. Também procurada, a assessoria de Barroso não comentou de imediato.

Bolsonaro tem dado sinais de que continuará a escalada de ataques à cúpula do Judiciário. Durante o almoço com empresários em Joinville, ele afirmou que não faz ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas em seguida afirmou que parte da corte "quer a volta da corrupção e da impunidade".

"O que parte do nosso querido Supremo Tribunal Federal quer? A volta da corrupção e da impunidade. Não estou atacando o Supremo Tribunal Federal", disse Bolsonaro.

O presidente também aproveitou para criticar a imprensa ao lembrar que, na véspera, o presidente do STF, Luiz Fux, mencionou reportagens sobre os constantes ataques que faz aos ministros Alexandre de Moraes e Barroso.

"Quem busca informação na mídia já está desinformado. Não ofendi nenhum ministro do Supremo, apenas falei da ficha do senhor Barroso", afirmou.

Bolsonaro também voltou a acusar Barroso de ter interesses particulares ao ser contrário ao voto impresso, além de destilar uma série de acusações ao ministro, como de ser favorável ao aborto e contrário à família.

"Eu quero e desejo eleições limpas, democráticas, sem que meia dúzia de pessoas sem compromisso com a liberdade conte nossos votos em uma sala escura", disse Bolsonaro aos empresários.

 

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