Olhem o que nos espera!, campos gelados como esse, da Argentina. Onda de frio deverá afetar a safrinha

Publicado em 23/06/2021 16:33 e atualizado em 23/06/2021 20:25
Edição do Tempo&Dinheiro desta 4a.feira, 23/junho/21, com João Batista Olivi
Tempo & Dinheiro - Com João Batista Olivi

Ipea revisa para cima previsão de PIB do agro em 2021, mas alerta para crise hídrica

SÃO PAULO (Reuters) - O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revisou para cima nesta quarta-feira a projeção do PIB do setor agropecuário para 2021, apontando um crescimento de 2,6%, mas alertou em relatório que a crise hídrica pode afetar o desempenho do setor agrícola nacional.

"No que se refere à produção vegetal, a ocorrência de choques climáticos adversos no Centro-Sul, e a possibilidade de adoção de medidas restritivas ao uso da água para a lavoura --em função da necessidade de poupar o recurso para a geração de energia hidrelétrica-- pode afetar negativamente as estimativas para alguns produtos", disse o boletim de conjuntura do Ipea.

Não ficou imediatamente claro se a questão hídrica terá impacto para o PIB de 2021, assim como as culturas eventualmente afetadas.

A previsão anterior do Ipea (de março) indicava um crescimento de 2,2% do setor do agronegócio neste ano.

O Ipea prevê para 2021 um avanço de 2,7% no valor adicionado da produção vegetal e 2,5% na produção animal.

Na produção vegetal, as culturas de destaque são soja (alta na produção de 9,4%), arroz (2,8%) e trigo (27,9%).

Na produção animal, o Ipea espera um crescimento generalizado na produção: bovinos (0,9%), suínos (6,8%), aves (6,5%), leite (3,2%) e ovos (2,3%).

Datagro vê exportação recorde de soja do Brasil em 90,5 mi t em 2022, alta de 3,4%

SÃO PAULO (Reuters) - As exportações brasileiras de soja devem alcançar o recorde de 90,5 milhões de toneladas em 2022, alta de 3,4% no comparativo anual, estimou a consultoria Datagro nesta quarta-feira em sua primeira projeção de embarques para o ano que vem.

Para 2021, a consultoria estima que as vendas externas do maior produtor e exportador global da oleaginosa cheguem a 87,5 milhões de toneladas, 4,9% superiores ao registrado em 2020.

O incremento nos embarques deste ano se deve a uma safra recorde que, nas perspectivas da Datagro, pode chegar a 136,9 milhões de toneladas. Para 2022, a consultoria disse que espera por um novo aumento no volume produzido, com potencial para atingir 141,18 milhões de toneladas --desde que o clima colabore.

Os embarques de farelo de soja devem crescer 6,1% em 2021, para 18 milhões de toneladas, enquanto as vendas de óleo de soja do Brasil podem recuar 5,3%, a 1,05 milhão de toneladas, mostraram os dados.

A expectativa é que o complexo soja, como um todo, traga resultados financeiros positivos ao país.

"A Datagro indica que a receita total a ser obtida nas exportações do complexo soja brasileiro em 2021 seja novamente expressiva e, provavelmente, bem acima do recorde de 2018, totalizando 45,583 bilhões de dólares, 28,8% superior à receita de 2020."

Do total, 36,575 bilhões de dólares devem representar os embarques do grão (+27,3%) neste ano; 7,848 bilhões de dólares das vendas de farelo (+33,6%) e 1,160 bilhão de dólares pelo óleo (+52,4%).

Para o ano que vem, há uma alteração prevista no cenário. "A Datagro prevê para 2022 avanço apenas de volume sobre o ano atual, já que a expectativa é de retração nos preços médios em todo o complexo, devendo resultar em receita total menor", afirmou a consultoria em nota.

Além do recorde na exportação da oleaginosa em grão, é prevista estabilidade para o farelo de soja em 18 milhões de toneladas e retração nas vendas de óleo do Brasil, para 700 mil t, queda de 33,3% na comparação anual.

"Em relação à receita, os números iniciais indicam 42,103 bilhões de dólares (para o complexo), o que contabilizaria perda de 7,6% sobre o ano atual."

Estima-se ainda redução na participação das exportações do setor na pauta geral do país, dos 20,5% de 2021 para 18,1% em 2022.

"Apesar de menor, essa nova taxa ainda segue muito superior aos 13,8% da média para os últimos dez anos, e, caso se confirme, seria a segunda maior da história", disse no comunicado o coordenador de grãos da Datagro, Flávio Roberto de França Junior.

Dólar renova mínima em um ano a R$ 4,96, mas se estabiliza após quedas expressivas

SÃO PAULO (Reuters) -O dólar à vista oscilou entre ganhos e perdas ao longo da sessão e acabou fechando perto da estabilidade nesta quarta-feira, ainda abaixo de 5 reais e em uma nova mínima em pouco mais de um ano, com o mercado dando uma pausa na sequência de baixas acentuadas à espera de novos catalisadores.

Investidores mantiveram as atenções no noticiário sobre a inflação nos Estados Unidos e seus potenciais efeitos sobre a política monetária norte-americana, um dia depois de o chair do banco central dos EUA, Jerome Powell, tranquilizar agentes financeiros ao reafirmar ausência de pressa para subir os juros.

Na quinta-feira, será divulgada a terceira leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, e um dado acima do esperado pode voltar a deixar investidores nervosos acerca do momento de elevação de juros nos EUA.

O dólar spot teve variação negativa de 0,05%, a 4,9638 reais na venda --menor nível desde 10 de junho de 2020 (4,9398 reais).

A moeda vinha de duas quedas expressivas: de 1,12% na terça e de 0,96% na segunda-feira.

A cotação trocou de sinal várias vezes nesta quarta, oscilando de 4,9809 reais (+0,30%) e 4,9378 reais (-0,57%).

Lá fora, o índice do dólar tinha alta de 0,1% no fim da tarde, após oscilar entre ganho de 0,2% e perda de também 0,2%.

Desde a máxima do ano --de 5,7927 reais, alcançada em 9 de março--, o dólar acumula queda de 14,3%. O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quarta que a moeda deverá cair "bem mais".

Mas, rompido o suporte de 5 reais, alguns no mercado questionam se já não seria o momento de recompor posições compradas em dólar.

Para Vitor Péricles, estrategista-chefe da Laic Asset Management, o Banco Central está e vai continuar atrás da curva a respeito de inflação, enquanto nos EUA a narrativa deve mudar para se ajustar a um cenário de alta persistente dos preços.

Na quinta-feira, o Banco Central divulgará o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), que pode avançar na discussão da autoridade monetária sobre as perspectivas para os preços e, consequentemente, para a política monetária.

"(O ano de) 2022 será um ano desafiador em termos políticos e de atividade, e a volatilidade da moeda, e dos fundamentos, deve aumentar", disse o estrategista. "Levando tudo isso em consideração, também acho ainda que o exportador seguirá contratando pouco câmbio, a despeito de eventuais bons saldos comerciais."

Ministro da Economia, Paulo Guedes diz que câmbio "deve descer bem mais"

BRASÍLIA (Reuters) - O valor de equilíbrio do câmbio é "bem abaixo" do patamar atual, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta quarta-feira, acrescentando que sua aposta é que a taxa ainda cairá "bem mais".

Em evento com representantes da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Guedes afirmou que o país não tem interesse em receber "dinheiro esperto" que entra para ganhar com a diferença de juros praticados aqui e lá fora.

"Então o câmbio agora já está, o equilíbrio possivelmente é bem abaixo do que está. Chegou aí a R$5,50, R$5,70, R$5,80, e possivelmente é bem abaixo, bem abaixo do patamar atual, que pela primeira vez está furando 5 para baixo", disse Guedes.

"Acho que vai descer bem mais na medida em que todo mundo perceber que a política é consistente, é coerente."

Planalto nega irregularidades sobre Covaxin e Bolsonaro pede investigação da PF contra deputado

(Reuters) - O Palácio do Planalto negou nesta quarta-feira que tenha havido irregularidades nas negociações do governo para a compra da vacina contra Covid-19 Covaxin, desenvolvida pela indiana Bharat Biotech, e disse que o presidente Jair Bolsonaro pediu abertura de investigação da Polícia Federal contra um deputado federal que fez denúncias a respeito da negociação.

"Não houve favorecimento a ninguém, não houve sobrepreço e não houve compra alguma", disse Onyx em pronunciamento no Palácio do Planalto, acusando o deputado Luís Miranda (DEM-DF) de ter cometido o crime de denunciação caluniosa.

Mais cedo, o parlamentar afirmou que alertou pessoalmente Bolsonaro sobre pressão no processo referente à importação para uso emergencial no país da vacina indiana. Miranda disse que ele e o irmão Luís Ricardo Miranda, que é servidor do Ministério da Saúde, apresentaram diversas irregularidades ao presidente em uma reunião no Palácio da Alvorada.

Segundo Onyx, o irmão do deputado adulterou a documentação usada pelo parlamentar ao fazer a denúncia e será investigado pela Polícia Federal por sua conduta, assim como o próprio parlamentar, a pedido de Bolsonaro.

O ministro da Secretaria-Geral afirmou no pronunciamento que uma empresa citada pelo deputado como intermediária para a compra da vacina é, na verdade, uma subsidiária da Bharat. Segundo ele, um pedido de pagamento adiantado da Bharat citado pelo deputado como suspeita de irregularidade foi posteriormente modificado pela empresa indiana.

Maiores 'jabutis' foram abatidos de projeto da Eletrobras e saldo é positivo, diz Guedes

BRASÍLIA (Reuters) - O saldo do projeto de privatização da Eletrobras aprovado no Congresso é "vastamente positivo", disse o ministro a Economia, Paulo Guedes, destacando que o governo conseguiu eliminar as principais distorções incluídas no texto que não tinham relação direta com o objetivo da medida provisória.

"Reformas nunca são perfeitas", disse o ministro durante evento virtual com representantes da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) nesta quarta-feira.

"Os jabutis maiores foram abatidos, foram removidos. Ficaram alguns jabutis que vão se dissolver no ar", afirmou.

Sobre uma das principais críticas feitas ao projeto, o fato de que ele prevê a contratação obrigatória de térmicas a gás, Guedes argumentou que a medida não seria desvantajosa porque os custos da energia no país hoje, com a contratação de termelétricas, são mais elevados.

"O que parece um subsídio na verdade é uma promessa de comprar a menos da metade do preço atual", afirmou Guedes.

Ele ressaltou que o governo continua tendo como meta a liberalização do mercado de energia: "e nós vamos chegar lá".

"Tem grupos defendendo as distribuidoras, tentando impedir a liberalização, mas tem grupos que, vocês conhecem bem, defendendo as indústrias, que são os grandes consumidores de energia, e nós precisamos de energia barata, então vamos ter que desregulamentar mesmo, isso tem que voltar para pauta."

Renovação do auxílio emergencial por 3 meses pode ser anunciada nesta semana, diz Guedes

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro deve anunciar nesta semana a renovação do auxílio emergencial por três meses, afirmou o ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta quarta-feira.

Em evento com representantes da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Guedes também disse que o programa de treinamento de jovens dentro das empresas que está sendo formulado pela equipe econômica será 100% financiado pelo governo ao longo de 2021.

Nos próximos meses, segundo ele, a ideia é buscar a adesão de empresas interessadas, que pagariam uma complementação da bolsa aos jovens beneficiados.

"Nós renovamos o BEM, renovamos também o auxílio emergencial. Isso vai até 31 de julho, e agora o presidente deve anunciar, talvez ainda nesta semana, mais três meses de auxílio emergencial", disse Guedes.

Sobre o novo programa do Bônus de Inclusão Produtiva, Guedes reiterou que a ideia é capacitar 2 milhões de jovens. O governo pagará de 250 reais a 300 reais aos participantes, que receberiam treinamento no ambiente de trabalho. A ideia é que empresas façam um pagamento equivalente, mas o ministro afirmou que neste ano o custo ficará integralmente com o governo.

REDUÇÃO DE IMPOSTOS

Guedes afirmou que, com a retomada econômica, a arrecadação está tendo um crescimento "vigoroso", e o governo quer usar essa margem para reduzir impostos de forma imediata.

Ele citou o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda, ressaltando que a ideia é duplicar a base de pessoas que não precisam pagar o tributo e, em compensação, passar a taxas os dividendos de empresas distribuídos às pessoas físicas.

O ministro também reiterou plano da equipe econômica de reduzir o IR para as empresas em cerca de 2,5% ao ano. Segundo Guedes, a média dessa tributação no mundo é hoje de 22%, e no Brasil ela supera 30%. "Queremos isso aí em torno de 25%", afirmou Guedes.

Preços do petróleo avançam para máxima em mais de 2 anos com queda nos estoques dos EUA

NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo avançaram neta quarta-feira, com o Brent subindo acima dos 76 dólares o barril, a sua máxima desde o fim de 2018, após informações mostrarem que os estoques dos Estados Unidos recuaram com a temporada de viagens ganhando ritmo.

Os estoques de petróleo dos EUA recuaram 7,6 milhões de barris na semana passada, para 459,1 milhões de barris, segundo afirmou a Administração de Informação de Energia (AIE), uma queda mais brusca que os 3,9 milhões de barris que os analistas esperavam em pesquisa da Reuters. [EIA/S]

Os estoques em Cushing, Oklahoma, ponto de entrega para os futuros de petróleo dos EUA, recuaram 1,8 milhão de barris para a mínima desde março de 2020. Além disso, a demanda de gasolina foi mais alta na semana passada.

"As pessoas estão voltando aos seus carros e isso está mostrando números altos significantes. Esses números irão manter a pressão para alta dos preços", afirmou Phil Flynn, analista sênior no Grupo de Preços Futuros de Chicago.

O petróleo Brent avançou 0,38 dólar, ou 0,5%, para fechar a sessão em 75,19 dólares o barril.

A máxima da sessão, de 76,02 dólares após as informações da AIE, foi o maior valor desde outubro de 2018.

O petróleo dos EUA (WTI) subiu 0,23 dólar, ou 0,3%, para fechar em 73,08 dólares, após atingir 74,25 dólares, também a máxima desde outubro de 2018.

Um recuo no dólar dos EUA impulsionou o preço do petróleo, sendo mais barato para compradores de outras moedas. [USD/]

O Brent ganhou mais que 45% este ano, apoiado pelos cortes de oferta da Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) e com a flexibilização das restrições do coronavírus impulsionando a demanda. Alguns executivos de indústria falam sobre o petróleo voltar aos 100 dólares, pela primeira vez desde 2014.

Nasdaq tem máxima recorde no fechamento, com ações da Tesla; S&P 500 recua

(Reuters) - O Nasdaq avançou para uma máxima recorde de fechamento nesta quarta-feira, impulsionado por uma alta das ações da Tesla Inc, enquanto o S&P 500 recuou apesar de investidores encorajados por dados que mostraram um pico recorde para a atividade fabril dos Estados Unidos em junho.

Ganhos nos papéis de Nvidia Corp e Facebook Inc estenderam uma recente recuperação nas ações de crescimento de primeira linha, que perderam espaço nos últimos meses enquanto investidores se concentravam em companhias que devem ter bom desempenho à medida que a economia recupera-se da pandemia.

A empresa de dados IHS Markit informou que seu Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) para o setor de manufatura dos EUA subiu para 62,6 neste mês, superando as estimativas de 61,5. Mas os fabricantes ainda estão lutando para garantir matérias-primas e trabalhadores qualificados, elevando substancialmente os preços.

O "alto nível dos dados das pesquisas de hoje fornecerá alguma confirmação para o Fed de que o momento de começar a tirar o pé do acelerador não está longe", disse Jai Malhi, estrategista de mercado global da J.P. Morgan Asset Management.

Na terça-feira, o chair do Fed, Jerome Powell, reafirmou a intenção do banco central de não elevar as taxas de juros muito rapidamente, com base apenas no receio de uma inflação que se aproxima.

Os comentários de Powell ocorreram após a projeção de membros do Fed há uma semana de uma elevação nas taxas de juros já em 2023, antes do projetado anteriormente. Desde então, as ações de crescimento, que incluem grandes nomes de tecnologia como Tesla e Nvidia, em sua maioria se recuperaram e superaram as ações de valor, como bancos e empresas produtoras de materiais básicos.

"As pessoas estão investindo dinheiro naquilo que deu certo. Basicamente, as pessoas estão seguindo o impulso e estão usando os últimos três anos de desempenho para descobrir o que seguir", disse Mike Zigmont, chefe de negociação e pesquisa da Harvest Volatility Management, em Nova York.

Oito dos 11 principais índices setoriais do S&P caíram, com serviços públicos em queda de cerca de 1%, a pior dos setores, seguido por recuo de 0,6% em materiais básicos.

As ações da Testa deram um salto de 5,3%, depois que a fabricante de veículos elétricos informou ter aberto uma estação de carregamento movida a energia solar com armazenamento de energia no local em Lhasa, capital do Tibete, a primeira do tipo na China. A alta desta quarta reduziu a perda das ações em 2021 para cerca de 7%.

O índice Dow Jones caiu 0,21%, a 33.874 pontos, enquanto o S&P 500 perdeu 0,108326%, a 4.242 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançou 0,13%, a 14.272 pontos.

Ibovespa fecha em queda após encostar em 130 mil pontos

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou com declínio discreto nesta quarta-feira, perdendo fôlego após encostar nos 130 mil pontos, embora Vale e Petrobras tenham subido na esteira da alta do minério de ferro e do petróleo.

Índice de referência da bolsa brasileira, o Ibovespa cedeu 0,26%, a 128.427,98 pontos. Na máxima, chegou a 129.900,84 pontos. O giro financeiro da sessão somou 29,2 bilhões de reais.

Wall Street encerrou com pequenas variações, mas suficientes para o Nasdaq renovar máximas. O S&P 500 fechou com decréscimo de 0,1%, com dados sobre atividade industrial nos EUA e falas de membros do Fed no radar.

Para o analista da Clear Rafael Ribeiro, novas declarações "duras" de dirigentes do Federal Reserve pressionaram as bolsas em Nova York e contaminaram os negócios com ações brasileiras.

Entre elas, ele citou o comentário do presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, que reforçou a necessidade de o BC dos EUA subir o juro em 2022 com a inflação mais forte do que o esperado e os EUA em plena recuperação da pandemia.

Índice de atividade fabril dos EUA avança a nível recorde em junho, mostra IHS Markit

(Reuters) - Uma medida da atividade industrial dos Estados Unidos atingiu máxima recorde em junho, mas os fabricantes ainda estão lutando para garantir matérias-primas e mão de obra qualificada, aumentando substancialmente os preços para empresas e consumidores.

A empresa de dados IHS Markit disse nesta quarta-feira que seu Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) preliminar de manufatura dos EUA subiu para 62,6 neste mês. Essa foi a leitura mais alta desde que a pesquisa foi expandida para cobrir todas as indústrias manufatureiras, em outubro de 2009. O dado veio depois de uma leitura final de 62,1 em maio.

A sondagem foi realizada entre os dias 10 e 22 de junho. Economistas consultados pela Reuters previam que o índice cairia para 61,5. Uma leitura acima de 50 indica crescimento da manufatura, que responde por 11,9% da economia dos EUA.

A força na atividade manufatureira impulsionou as expectativas de economistas de um crescimento de dois dígitos no segundo trimestre. Uma maior demanda por bens de consumo em detrimento da busca por serviços, à medida que a pandemia de Covid-19 manteve os norte-americanos em casa, permanece robusta mesmo com a vacinação e trilhões de dólares em auxílio do governo permitindo uma reabertura mais ampla da economia.

Mas a oferta está tendo dificuldades para lidar com o aumento da demanda, levando ao acúmulo de trabalho inacabado, bem como a preços acelerados das matérias-primas e produtos acabados, que estão alimentando uma inflação mais alta.

O chair do Federal Reserve, Jerome Powell, disse a parlamentares na terça-feira que a inflação "aumentou notavelmente nos últimos meses", o que ele atribuiu em parte aos gargalos de oferta e à retomada dos gastos à medida que a economia reabre. Powell expressou otimismo, sugerindo que a inflação diminuirá "à medida que os efeitos transitórios da oferta diminuírem".

A IHS Markit disse que "o tempo médio de entrega dos fornecedores aumentou no maior ritmo já registrado".

A pesquisa do ISM sobre os preços pagos pelos fabricantes mostrou alta ao nível mais alto desde o início da série histórica. A IHS disse que "as empresas aumentaram seus preços de venda a um ritmo mais rápido em um esforço para repassar esses custos mais altos."

O subíndice para novas encomendas caiu, ressaltando também que "as empresas lutam para encontrar funcionários ou atrair trabalhadores de volta ao mercado de trabalho".

Embora o PMI preliminar do setor de serviços da IHS Markit tenha caído para 64,8 em junho, de uma leitura de 70,4 em maio, essa leitura ainda é a segunda maior desde o início da coleta de dados, em outubro de 2009.

Empresas do setor de serviços, que responde por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, estão preocupadas com o aumento da inflação e com a dificuldade em encontrar mão de obra qualificada e pessoas dispostas a trabalhar.

Há um recorde de 9,3 milhões de vagas abertas. Cerca de 9,3 milhões de pessoas estão classificadas como oficialmente desempregadas.

Com a moderada atividade de serviços, a atividade geral de negócios diminuiu neste mês. O índice PMI Composto preliminar da pesquisa, que acompanha os setores de manufatura e serviços, caiu para 63,9 em junho, de uma leitura final de 68,7 em maio.

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Fonte: Notícias Agrícolas/Reuters

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