Banco central americano sobe as taxas de juros, dólar reage... e quem sai perdendo?? a soja ! Eita!!

Publicado em 16/06/2021 18:54 e atualizado em 16/06/2021 19:56
Edição do Tempo&Dinheiro desta 4a.feira, 16/junho/21, com João Batista Olivi
Tempo & Dinheiro - Com João Batista Olivi

BC eleva Selic em 0,75 ponto e abandona "normalização parcial"

BRASÍLIA (Reuters) - O Banco Central promoveu a terceira alta consecutiva de 0,75 ponto percentual da taxa básica de juros nesta quarta-feira, levando a Selic a 4,25%, e anunciou a intenção de dar sequência ao aperto monetário com uma nova alta de pelo menos a mesma magnitude em sua próxima reunião, em agosto.

Em comunicado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC também abandonou o uso da expressão "normalização parcial" para se referir ao atual ciclo de alta de juros, explicitando que pretende fazer um aperto maior do que vinha sendo sinalizado até então, levando a Selic para patamar considerado neutro.

"Neste momento, o cenário básico do Copom indica ser apropriada a normalização da taxa de juros para patamar considerado neutro. Esse ajuste é necessário para mitigar a disseminação dos atuais choques temporários sobre a inflação", disse o colegiado em nota.

"O Comitê enfatiza, novamente, que não há compromisso com essa posição e que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar o cumprimento da meta de inflação."

A alta da Selic veio em linha com a expectativa consensual de economistas consultados em pesquisa da Reuters e ocorre em meio a uma inflação corrente persistente que tem contaminado as expectativas dos analistas para 2022. A pesquisa mostrou que os economistas também esperavam uma indicação de que o aperto monetário seria maior à frente.

Desde março, quando deu início ao atual ciclo de alta dos juros, o BC vinha afirmando que estava promovendo um processo de normalização parcial do estímulo monetário. O termo indicava a intenção de aumentar a Selic, mas sem eliminar o estímulo à economia, mantendo o juro básico abaixo do patamar considerado neutro --em torno de 6,5%, segundo cenário citado recentemente pelo próprio BC. Essa comunicação foi agora alterada.

O BC disse, ainda, que antevê outro ajuste de 0,75 ponto percentual na taxa Selic, frisando que "uma deterioração das expectativas de inflação para o horizonte relevante pode exigir uma redução mais tempestiva dos estímulos monetários".

INFLAÇÃO EM ALTA

Em seu comunicado, o BC expressou preocupação crescente com a inflação, ao mesmo tempo em que destacou que os riscos à recuperação econômica doméstica reduziram-se "significativamente".

"A persistência da pressão inflacionária revela-se maior que o esperado, sobretudo entre os bens industriais", disse o BC.

"Adicionalmente, a lentidão da normalização nas condições de oferta, a resiliência da demanda e implicações da deterioração do cenário hídrico sobre as tarifas de energia elétrica contribuem para manter a inflação elevada no curto prazo, a despeito da recente apreciação do real."

O Copom ressaltou que segue atento à evolução desses choques e sua potencial disseminação, assim como ao comportamento dos preços de serviços em meio ao avanço da vacinação no país.

Em maio, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve a maior alta para o mês em 25 anos, sob pressão dos preços da energia elétrica, e acumulou um salto de 8,06% em 12 meses.

A projeção de inflação do cenário básico do BC, que leva em conta a trajetória para a Selic estimada pelo mercado e uma taxa de câmbio que evolui mantendo a paridade do poder de compra, aponta para um IPCA em torno de 5,8% em 2021 (ante projeção de 5,1% na reunião de maio) e de 3,5% em 2022 (3,4% antes).

A projeção do BC para este ano está acima do teto da meta de inflação para este ano (5,25%) e vem em linha com o esperado pelo mercado (5,82%, segundo a pesquisa Focus). Já a projeção para 2022 está agora exatamente em cima da meta central para o próximo ano e é um pouco menor do que expectativa do mercado para o período (3,78%).

O BC destaca, no entanto, que seu balanço de riscos sugere que esses patamares de inflação podem potencialmente ser superados por causa do risco fiscal elevado do país, que é maior do que o risco "benigno" para a inflação de uma reversão dos aumentos recentes nos preços das commodities em reais.

A decisão do Copom desta quarta-feira foi tomada de forma unânime pelo presidente Roberto Campos Neto e sete diretores, um a menos que o normal. Fernanda Nechio deixou a diretoria de Assuntos Internacionais do BC em maio e a economista indicada para assumir o cargo, Fernanda Guardado, ainda não passou por sabatina no Senado, passo necessário para sua efetivação.

O Copom volta a se reunir em 3 e 4 de agosto.

Fed sinaliza alta de juros para 2023 e início de conversa sobre redução de compra de ativos

WASHINGTON (Reuters) - O Federal Reserve antecipou nesta quarta-feira para 2023 suas projeções para o primeiro aumento nas taxas de juros pós-pandemia e abriu a discussão sobre quando e como pode ser apropriado para o banco central começar a reduzir suas compras mensais de ativos.

Citando uma melhor situação sanitária e o papel da vacinação em limitar a propagação do vírus, as autoridades também minimizaram o impacto da pandemia no crescimento, abandonando uma mensagem de longa data de que a crise estava pesando sobre a economia.

Falando a repórteres após a conclusão da reunião de dois dias, o chair do Fed, Jerome Powell, afirmou que os formuladores de política do banco começaram "a falar sobre falar sobre" reduzir os atuais 120 bilhões de dólares em compras mensais de ativos, que as autoridades afirmaram que continuarão até que "progresso adicional substancial" tenha sido feito em direção às metas do Fed de pleno emprego e inflação de 2%.

"Nas próximas reuniões, o comitê continuará a avaliar o progresso da economia em direção aos nossos objetivos", disse Powell.

O chair do Fed recusou-se a oferecer uma diretriz sobre o momento para qualquer mudança futura na política monetária, enfatizando que mais progresso econômico é necessário antes que o padrão de "progresso adicional substancial" seja alcançado.

Ele deixou claro que o banco central vai se comunicar com o mercado e a sociedade antes de promover uma mudança na política. "Avisaremos com antecedência antes de anunciar qualquer decisão de realizar alterações em nossas aquisições", disse ele. PROJEÇÕES ECONÔMICAS As novas projeções do Fed mostram que uma maioria de 11 das 18 autoridades do banco central previram pelo menos dois aumentos de 0,25 ponto percentual nas taxas de juros para 2023, mesmo com autoridades prometendo, em comunicado, manter por ora a política de apoio para estimular uma recuperação dos empregos em curso.

Essa projeção de aumento dos juros, juntamente a uma nova projeção de três anos de inflação acima da meta de 2% do banco central, sugerem que as preocupações com o superaquecimento têm aumentado acentuadamente dentro do comitê que define a política monetária do Fed.

"O progresso na vacinação reduziu a disseminação da Covid-19 nos Estados Unidos", disse o banco central dos EUA em um comunicado após sua mais recente reunião de política monetária, uma mudança substancial para uma instituição que condicionou a política monetária nos últimos 14 meses ao combate à pandemia.

A nova linguagem não significa que uma mudança na política monetária seja iminente: nesta quarta, o Fed manteve sua taxa de juros de curto prazo próxima de zero e informou que continuará a adquirir, mensalmente, 80 bilhões de dólares em títulos do Tesouro e 40 bilhões de dólares em títulos lastreados em hipotecas para alimentar a recuperação econômica.

No entanto, novas projeções econômicas parecem adicionar certa urgência ao planejamento do Fed. Na mediana, as autoridades agora enxergam o primeiro aumento dos juros ocorrendo em 2023, em vez de 2024.

As projeções apontaram uma elevação das perspectivas para a inflação este ano, embora os aumentos de preços ainda tenham sido descritos como "transitórios". O crescimento econômico geral deve alcançar 7%.

Juntas, as projeções indicavam uma recuperação mais acelerada do que o previsto e justificando discussões sobre a próxima fase da política monetária do banco central.

"Essa mudança de postura é um pouco discordante com as recentes alegações do Fed de que o recente aumento da inflação é temporário", disse James McCann, vice-economista-chefe da Aberdeen Standard Investments. DEFICIÊNCIA DE EMPREGOS

A economia continua com cerca de 7,5 milhões de empregos aquém de onde encontrava-se no início da pandemia, em fevereiro de 2020. As autoridades do Fed ainda descrevem esse nível como "longe" de sua meta de restaurar o pleno emprego.

Mas, cada vez mais, elas também têm atribuído o déficit de empregos mais a questões logísticas relacionadas ao retorno dos trabalhadores aos postos de trabalho, fatores que o Fed não pode mudar facilmente, do que à força da economia.

Nas questões que pode influenciar --a demanda geral por bens e serviços e a necessidade de trabalhadores para fornecê-los--, o Fed sente que está mais próximo de seu objetivo.

Houve aproximadamente uma vaga de emprego para cada pessoa desempregada em maio.

Os mercados acionários dos EUA caíram e os yields dos Treasuries subiram após a divulgação do comunicado e as novas projeções sobre a economia e as taxas de juros.

Preços do petróleo fecham perto de US$ 75, na máxima de vários anos

NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo avançaram pelo quinto dia nesta quarta-feira, fechando a 75 dólares o barril, com as refinarias dos Estados Unidos reduzindo mais estoques de petróleo para aumentar as atividades e atender a demanda em recuperação.

Os estoques de petróleo recuaram 7,4 milhões de barris na semana de 11 de junho, informou a Administração de Informação sobre Energia (AIE), com a taxa de utilização de refinarias aumentando para 92,6%, a máxima desde janeiro de 2020, antes da pandemia.[EIA/S]

A redução de estoque foi mais forte que o esperado, guiada também por exportações em outro sinal de melhoria da demanda mundial.

O petróleo Brent avançou 0,40 dólar, ou 0,5%, para atingir 74,39 dólares o barril, alcançando a máxima desde abril de 2019 e somando ganhos por cinco dias seguidos. Já o petróleo dos EUA subiu 0,03 dólar a 72,15 dólares o barril, após atingir 72,99 dólares, a máxima desde outubro de 2018.

"Com a refinaria acima dos 16 milhões de barris por dia e as exportações continuando robustas, será difícil os estoques evitarem reduções consistentes, com aproximação do pico do aumento na demanda de combustível durante a temporada de verão", disse Matthew Smith, diretor de pesquisa de commodities da ClipperData.

O Brent avançou 44% neste ano, apoiado pelos cortes de oferta pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, conhecido como Opep+, e recuperação na demanda. A Opep+ reduziu os cortes históricos de oferta do ano passado, porém ainda retém milhões de barris de oferta diária do mercado. [OPEC/M] [IEA/M]

Nesta quarta-feira, o Banco Central dos Estados Unidos também apresentou suas projeções para os primeiros aumentos de taxas de juros pós-pandemia para 2023.

Ibovespa fecha em queda após Fed projetar alta de juros em 2023

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em queda nesta quarta-feira, ficando abaixo dos 129 mil pontos no pior momento, após o Federal Reserve antecipar para 2023 projeção da primeira alta dos juros nos Estados Unidos desde o começo da pandemia da Covid-19.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 0,64%, a 129.259,49 pontos, em dia também marcado pelos vencimentos dos contratos de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro.

O volume financeiro somou 91 bilhões de reais.

O banco central dos Estados Unidos manteve a taxa de juros de curto prazo próxima de zero e informou que continuará a comprar mensalmente 120 bilhões de dólares em títulos para alimentar a recuperação econômica.

Mas uma maioria no Fed estimou pelo menos dois aumentos nas taxas de juros norte-americanas para 2023. Anteriormente, as projeções apontavam para uma primeira elevação apenas em 2024.

Na visão da economista-chefe da Grimper Capital, Mariam Dayoub, o mercado não esperava tal mudança nas projeções, o que explica a reação negativa na bolsa. Na mínima, o Ibovespa chegou a 128.345,03 pontos.

Ela citou que nos discursos entre as reuniões do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) não havia ficado claro que algumas autoridades do BC norte-americano estavam mudando seus cenários. Esse mudança, para Dayoub, não é necessariamente negativa e o efeito no mercado deve ser temporário.

O aumento no número de membros do Fed que acreditam em um risco de inflação para cima também foi destacado pela líder de alocação na Blue3 Marina Braga.

"É uma questão que está realmente preocupando", afirmou, citando que persistem os questionamentos se a inflação de fato é algo pontual e relacionado à pandemia ou se deve continuar em um nível mais elevado mesmo depois da vacinação.

Nos EUA, o norte-americano S&P 500 caiu 0,54%.

Nesta noite será a vez de o Banco Central brasileiro anunciar decisão para a Selic, hoje em 3,5% ao ano. A previsão, segundo pesquisa Reuters, é de alta de 0,75 ponto percentual.

Dólar sai de mínimas abaixo de R$ 5,00 e fecha em alta após projeção de aperto do Fed

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em alta contra o real nesta quarta-feira, depois de ter chegado a ir abaixo do patamar psicológico de 5 reais mais cedo, com os investidores reagindo à decisão do Federal Reserve de adiantar para 2023 suas projeções para a primeira alta dos juros pós-pandemia nos Estados Unidos.

As novas projeções do banco central norte-americano mostram que uma maioria de 11 autoridades do Fed previu pelo menos dois aumentos de 0,25 ponto percentual nos juros para 2023, mesmo com a promessa de manter a política de apoio à economia por enquanto de forma a estimular a recuperação dos empregos.

"A possibilidade de aumento nos juros americanos mais cedo do que se estimava já é o suficiente para impactar, em certa medida, os ativos de risco", comentou Paloma Brum, analista da Toro Investimentos.

O dólar negociado no mercado interbancário teve alta de 0,29%, a 5,0562 reais. Na B3, o principal contrato de dólar futuro ganhava 0,37%, a 5,068 reais.

A alta da moeda contra o real ficou em linha com o comportamento do dólar no exterior, com seu índice frente a uma cesta de rivais fortes subindo mais de 0,8%. Peso mexicano, rand sul-africano e lira turca, divisas emergentes cujo movimento o real tende a acompanhar, registravam perdas expressivas nesta tarde.

Juros mais altos nos Estados Unidos tendem a beneficiar o dólar.

Apesar da reação inicial dos mercados, "não vejo a reunião de hoje como uma mudança decisiva de cenário", disse em post no Twitter Dan Kawa, CIO da TAG Investimentos. "Acho natural a evolução gradual do Fed, de sua comunicação e de sua política monetária."

Thomás Gibertoni, analista da Portofino Multi Family Office, ecoou sua visão, acrescentando que o cenário doméstico continua apontando para fraqueza do dólar à frente. Na mínima intradiária desta quarta-feira, a moeda norte-americana chegou a tocar 4,9926 reais na venda. A última vez que o dólar fechou um pregão abaixo dos 5 reais foi em 10 de junho de 2020 (4,9398).

"Temos a economia doméstica crescendo mais rápido do que o esperado anteriormente, um cenário fiscal melhor do que o previsto no início do ano e também temos o nosso Banco Central já elevando os juros. Todos esses pilares permanecem os mesmos, e a tendência é de que o real se valorize frente ao dólar."

Agora, os investidores ficarão atentos à decisão do BC brasileiro sobre a taxa Selic, que será divulgada ainda nesta quarta-feira. A autarquia deve anunciar o terceiro aumento consecutivo de 0,75 ponto percentual nos juros básicos, para 4,25%. As atenções também se voltam para o comunicado, já que o banco pode indicar um ciclo mais agressivo à frente ao abandonar seu compromisso com uma "normalização parcial" da política monetária, mostrou pesquisa da Reuters.

Um posicionamento mais "hawkish" (duro com a inflação) da autarquia tende a elevar a entrada de capital estrangeiro no Brasil, segundo especialistas, principalmente devido a estratégias de "carry trade", o que beneficiaria o real.

Bolsonaro envia ao Congresso proposta de abertura de crédito de R$ 164 bi

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro enviou ao Congresso um projeto de lei para abertura de crédito suplementar em favor de diversos órgãos do Poder Executivo no valor de 164 bilhões de reais, informou a Secretaria-Geral da Presidência na noite desta quarta-feira.

"A finalidade desse crédito suplementar é o reforço de dotações constantes da Lei Orçamentária vigente para despesas relevantes, referentes a pessoal e encargos sociais e a despesas com a previdência urbana e rural", disse a Secretaria-Geral, em nota.

Segundo o comunicado, se aprovado, o crédito será financiado a partir do cancelamento de dotações orçamentárias, não gerando custo adicional aos cofres públicos. Por se tratar de simples remanejamento de dotações, o projeto não afeta o cumprimento do Teto de Gastos nem a obtenção de resultado primário.

"Não somos comunistas", diz Castillo ao tentar acalmar temores no Peru

LIMA (Reuters) - Pedro Castillo, um ex-professor e político que está prestes a ser nomeado presidente do Peru, buscou acalmar os temores na dividida nação andina depois que uma lenta contagem de votos mostrou que ele venceu a eleição de 6 de junho.

O socialista Castillo se declarou vitorioso na terça-feira, embora sua rival de direita, Keiko Fujimori, não tenha reconhecido a derrota. Ela alega que houve fraude, apresentando poucas evidências, e busca anular votos. O órgão eleitoral ainda não confirmou o resultado.

"O povo peruano levantou a cabeça para dizer democraticamente que vamos salvar este país", disse Castillo a simpatizantes em uma sacada na noite de terça-feira.

A ascensão abrupta de Castillo, de 51 anos, abalou o establishment político do Peru e pode ter um grande impacto sobre a vital indústria de mineração no segundo maior produtor mundial de cobre, uma vez que Castillo planeja fortes aumentos de impostos sobre o setor.

Na capital Lima, temores se espalharam entre a pequena mas poderosa elite urbana da cidade sobre as políticas do pouco conhecido esquerdista, cujo partido Peru Livre defende ideias marxistas, mas ele procurou moderar sua retórica.

"Não somos chavistas, não somos comunistas, ninguém veio para desestabilizar este país", disse ele, referindo-se a um refrão comum do partido de Keiko Fujimori e de seus apoiadores comparando-o ao falecido presidente da Venezuela Hugo Chávez.

“Somos trabalhadores, somos empresários e vamos garantir uma economia estável, respeitando a propriedade privada, respeitando o investimento privado e, sobretudo, respeitando os direitos fundamentais, como o direito à educação e à saúde.”

Castillo, que ganhou destaque como líder sindical de professores no norte rural, disse que seu governo atenderá tanto os eleitores de áreas ricas que apoiaram Keiko quanto sua base rural nos "cantos mais remotos" do Peru.

Biden questiona desejo da China de descobrir origem do coronavírus

GENEBRA (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que a China está tentando se projetar como uma nação responsável em relação à pandemia de Covid-19, mas que não estava claro se Pequim está realmente tentando entender as origens do coronavírus.

Questionado se ele chamaria o presidente chinês, Xi Jinping, de "velho amigo para velho amigo" para pedir-lhe que readmitisse os investigadores da Organização Mundial da Saúde, Biden afirmou: "Vamos esclarecer uma coisa: nos conhecemos bem, não somos velhos amigos. É apenas profissional."

Biden deixou claro que continua cético quanto à cooperação da China com a investigação da OMS.

"A China está se esforçando muito para se projetar como uma nação responsável e muito acessível, e eles estão tentando muito falar sobre como estão ajudando o mundo em termos de Covid-19 e vacinas", disse Biden.

"Olha, certas coisas você não precisa explicar para as pessoas do mundo, elas veem os resultados. A China está realmente tentando ir a fundo nisso?"

Biden ordenou em maio que assessores encontrassem respostas para a origem do vírus que causa a Covid-19, relatado pela primeira vez na cidade chinesa de Wuhan, e disse que as agências de inteligência dos EUA estão analisando outras teorias, incluindo a possibilidade de um acidente de laboratório na China.

Uma equipe liderada pela OMS que passou quatro semanas em e ao redor de Wuhan em janeiro e fevereiro com pesquisadores chineses disse em seu relatório que o vírus provavelmente foi transmitido de morcegos para humanos por meio de outro animal, e que a "introdução por meio de um incidente de laboratório" era extremamente improvável.

Mas especialistas disseram que alguns dados foram omitidos, e Washington diz que o estudo foi "insuficiente e inconclusivo".

A China tem afirmado repetidamente que "politizar" a questão dificultará as investigações.

Fonte: Notícias Agrícolas/Reuters/T&D

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